É impressionante a diferença de reacções do eleitorado em relação aos aos três Governos mais recentes (este e os anteriores). As medidas não são muito diferentes, a obsessão pelo défifice é a mesma (e ainda bem. Não há vergonha em admiti-lo, Eng. Sócrates), algumas medidas até mais constrictoras que as dos Governos anteriores, algumas inconstitucionais (infelizmente a constituição que temos é esta). Mas o povo agora gosta...
A meu ver, é tudo uma questão de imagem. A do Governo Santana Lopes era uma miséria. Ele não soube mexer-se. A do Barroso segurava-se. Entre aqueles que acreditavam no que diziam os antigos governantes (Guterres, Sócrates, Antº Costa, entre outros), que o país estava de boa saúde financeira, que agora era uma festa, e os que ouviam os economistas de renome avisar para os tempos de vacas magras.
Há, também, que dar mérito à imprensa, seja ela de que formato fôr. Constato hoje que as contradições entre membros deste Governo são, regra geral, esquecidas, enquanto que as do anterior Governo eram motivo para duas ou três peças jornalísticas por edição! E por mais do que um dia! A verdade é que Santana Lopes não se soube defender disso, mas a diferença de agressividade é demasiado evidente.
Ainda assim devo defender, um bocadinho, o Eng. José Sócrates. Nesta coisa de imagem, ele mostrou ser bom, ou bem aconselhado. Repare-se na habilidosa forma que arranjou para se autorizar a descolar das ideias que o puseram no poder com maioria absoluta. Arranjou a ajuda do Governador do Banco de Portugal. Por acaso lembro-me de Vitor Constâncio dizer as mesmas coisas das medidas dos Governos anteriores (principalmente das de Ferreira Leite), mas (SURPRESA!) a imprensa fez por arquivar o assunto com alguma rapidez.
Acho isto tudo um bocado desonesto (imprensa, comissão Constâncio), mas agora o que me interessa é salvar o meu país!
1 comentário:
Muito bem.
Ainda te faltam uns links aí ao lado... :)
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