sexta-feira, setembro 30, 2005

A mim, calaram...

Sem internet por três dias, por um desencontro de frequências entre o modem e o sinal...

segunda-feira, setembro 26, 2005

Reinvindico!

Este ano vou pagar 900 Euros de propina. Não quero reinvindicar a baixa ou extinção da bomba nas economias, mas, já que pago mais, também gostaria de ver um aumento equivalente (pelo menos) na qualidade do ensino superior (pelo menos no meu curso - egoísta!).

domingo, setembro 25, 2005

Alegremente

Manuel Alegre, afinal, não se calou... Ficou a remoer. Ou foi massacrado pelos socialistas anti-Soares. É uma canditura de fissura, ou assim parece. Pode ser mais uma boa forma de afastar as atenções das autárquicas... Mas não acredito. Se Manuel Alegre fosse numa politiquice dessas, deixaria de ser visto como um dos socialistas mais honestos - que já começam a ser raros.
Mas esta candidatura desregula todos os quadrantes políticos, com o PS no centro do alvo. Acredito que Manuel Alegre dividirá os votos do PS (ao contrário do que pretendia ao dar lugar à candidatura de Mário Soares), mas roubará votos ao PSD e PP, por haver alguns sociais-democratas e populares que não vão muito à missa com Cavaco. E parece-me óbvio que o eleitorado comunista tem menos dificuldade em votar em Alegre, para derrotar uma candidatura de direita, do que em Soares. O sapo é menor, e é poeta! O mesmo direi em relação ao voto bloquista.
Afinal, é verdade... Ninguém o cala!

quinta-feira, setembro 22, 2005

Espancamento de candidatos...

O EAS, do Lápis de Côr, chama a atenção para esta notícia do Público. Atenção que Mário Soares subiu pela primeira vez à cadeira presidencial ao sopapo. Se este crime é relacionado com a eleições (e mesmo que seja uma simples coincidência), é provável que a lista do PSD à Câmara de Caminha tenha acabado de angariar uns valentes votos...

Citando

O AA do A Arte da Fuga usou uma citação bastante interessante Sobre os direitos adquiridos...

quarta-feira, setembro 21, 2005

Circo...

Que palhaçada... São estas leis de "progresso" que nos hão-de de levar ao futuro!...

terça-feira, setembro 20, 2005

Confissões de um demagogo

Louçã confessou querer que Cavaco Silva não ganhe as presidenciais. Quer isto dizer que não lhe interessa fazer uma campanha para ganhar, antes para dar votos a Mário Soares? É essa a minha interpretação.
E disse, também, que nas próximas eleições autarquicas é preciso votar no sentido de penalizar o Governo. Mas as eleições não são locais? Já não basta confundir o eleitorado nas legislativas, fazendo-o acreditar que a escolha é de Primeiro-Ministro e não de deputados, agora diz-se que as autarquicas são para dar bofetadas ao Governo. Poupem-me!

segunda-feira, setembro 19, 2005

A voz do povo

Acabo de ouvir, no programa Opinião Pública da SICnotícias, uma senhora Luísa Alves de Lisboa, operadora de supermercado de 37, dizer "não concordo com o referendo porque o Governo pode liberalizar o aborto na Assembleia. Não o faz, porque não quer.".

E se ganhar o não?

Jaime Gama já decidiu, o PS já desviou algumas atenções das autárquicas, o BE já canta vitória (porque o BE é o baluarte da virtuosidade moral, portanto, fazer o referendo é, para eles, o mesmo que liberalizar o aborto. A não ser que o povo Português tenha feito algum pacto com a ralé moral do mundo), o PSD e o PP ficam melindrados e querem fazer queixinhas (só não sei se pela questão do aborto, se pelo sucesso do jogo político das cortinas de fumo). Os únicos que, a meu ver, têm a posição mais coerente, apesar de ser uma consequência da teimosia típica, são os comunistas. Defendendo a sua opinião de que o aborto deve ser liberado, não concordam com a decisão de Jaime Gama, pelas mesmas razões que os partidos de direita. Ao invés, defendem aquilo que o PS pode fazer, mas tem medo: fazer passar a lei de liberalização do aborto que quiserem na Assembleia. O PS não o faz para não perder votos das suas alas de apoio mais conservadoras, ou dos indecisos habituais que ora votam PSD, ora votam PS. Eleitoralismo do tipo Pôncio Pilatos.
E se, fazendo-se o referendo, ganhar o não à liberalização do aborto? PS e PSD lavam as mãos, o PP canta vitória, o PCP continuará a defender a liberalização na Assembleia, e o BE insultará o eleitorado (povo retrógrado!), e exigirá novo referendo (tentando uma tática de desgaste do eleitorado).

sábado, setembro 17, 2005

Portugal, Portugal

É o presidente da Assembleia da República que cede aos interesses partidários e muda as regras e os procedimentos usuais, de forma a colaborar com a prestidigitação do Governo. É um tal de José Maria Martins, advogado de defesa de Carlos Silvino (ou Bibi), que quer ser Presidente da República. Pior que isso, há quem o apoie. Nunca quis entrar na política, diz ele, mas ofereceu-se para defender o Bibi num caso bastante mediático, e bastou-lhe uns amigos (sugiro que no meio de uma jantarada bem regada) sugerirem-lhe que se candidatasse... 'Tá bem...
Quanto ao famigerado caso do número dois na hierarquia nacional que dobra as regras, era desnecessário. Com maioria absoluta , o PS pode fazer passar a lei que quiser na Assembleia, e essa, Sampaio não veta. Mas perdia eleitorado. E o problema do partido de Sócrates está aí, na "performance" eleitoral.
Já as declarações de Ana Drago (fiquei enjoado, agora), em nome do Bloco canhoto, não surpreendem ninguém: a imoralidade da actual lei é, para eles, verdade absoluta. Se admitissem acreditar no capeta, teriam a certeza de que todos quantos defendem ser imoral o aborto são seus correlegionários, verdadeiros demónios ao serviço do reles mefistófeles. Todos os métodos que ajudem à sua causa são bem vindos, mesmo que impliquem perverter as regras correntes na casa das leis.
Para acabar, gostaria de repetir uma pergunta já muito batida: Se, no anterior referendo, tivesse ganho o sim à despenalização do aborto, discutir-se-ia agora um novo referendo, dando a hipótese de voltar à penalização? É esta a democracia na República Portuguesa.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Referendo sobre o aborto e o Pai Natal

Ao ler o post "Polvo" de JCS no Lóbi do Chá, não pude deixar de lhe fazer referência. Mas enquanto JCS comenta a mais que conhecida falta de inteligência e de democracia de António Costa, e o desrespeito institucional que as declarações do pedante Ministro evidenciam, apetece-me comentar a situação propriamente dita.
Pedir ao Presidente da Assembleia Nacional que torça as regras para cumprir uma promessa eleitoral? Juízo! O mandato de governo que o PS obteve nas últimas legislativas não acaba (obrigatoriamente) antes de 2009, dando muito tempo ao Governo muito tempo para cumprir esta promessa. A não ser que a intenção seja outra.
Pode ser uma estratégia, ao estilo de Luís de Matos, de fazer movimentos muito conspícuos com uma mão, desviando a atenção do eleitorado para a outra mão. Falar disto agora retira visibilidade às autarquicas, e ter o referendo antes das presidenciais retira-lhes tempo de campanha e, também, visibilidade. E fica o eleitorado sem saber o que se discute.
Por outro lado, pode este Governo estar a prever uma vitória de Cavaco nas presidenciais, e a pensar que isso pode ser o fim da sua legislatura, escaldados que estão da sua própria estratégia de golpe de estado constitucional. Se isto acontecer, não poderão impôr ao povo Português o dito referendo. Pessoalmente, não acredito que Cavaco demita este Governo, só por o fazer. Acredito muito mais que Soares lhes faça forte oposição às políticas de contenção (cada vez mais fracas e raras), ao ponto de voltar a ser aquela força de bloqueio que já demonstrou com Cavaco como Primeiro Ministro.
A minha aposta vai para a tática "Luís de Matos". É cada vez mais evidente que o PS só governa para o voto. Cala-se o povo com políticas sociais, e quando o estado social rebentar pelas costuras, a culpa é dos ricos.

Agora sim, ofendido!

Pela interpretação que tenho do fascismo, nunca me considerei como tal. Mesmo assim, cada vez que discuto políticas e opiniões na faculdade, sou frequentemente chamado de fascista, pura e simplesmente por ser de direita. Mas nunca me senti especialmente ofendido, até hoje. Ao que parece (ouvi na TSF) um grupo de professores do sindicato, no decorrer de uma visita do Primeiro Ministro e da Ministra da Educação, resolveram chamar Sócrates de mentiroso e fascista! Fui posto no mesmo saco que o engenheiro Zé!
A partir de hoje, não permitirei que me insultem com esta etiquetagem!

quarta-feira, setembro 14, 2005

A ler, 75 anos depois

75 anos depois, o AA, no A Arte da Fuga, lembrou-se de lembrar e analizar a subida do Partido Socialista Nazi ao poder, com três (até agora) transcrições muito interessantes. A ler 1, 2 e 3.
(Chamado à atenção que fui, devo corrigir a referência do autor destes três posts: apesar de os dois últimos serem da responsabilidade do AA, o primeiro foi obra do ANM, no mesmo blogue. Pela omissão peço desculpa ao ANM)

Ka mate, Ka ora

Jonah Lomu e seus colegas de selecção apresentaram ao mundo a/o Haka, uma dança de intimidação com palavras de esperança. Vejam o dizem os All Blacks quando põem a língua de fora.

Famigerada extrema-direita

Com o título "Governo Civil de Lisboa autoriza manifestação contra homossexuais", do Público, é pouco honesto. A manifestação em questão é contra a adopção de crianças por casais de sexualidade alternativa, não pela erradicação dos ditos casais. Aliás, também há uma falta de honestidade por parte dos organizadores da manifestação: dizem que é "contra a adopção de crianças por casais homossexuais, a pedofilia e o 'lobby gay'". Meter a pedofilia pelo meio não é correcto. Calculo que seja para ganhar mais uns quantos apoiantes.
E a notícia parece ser que a manifestação não foi proibida. Nem deve ser. Bem sei que a nossa constituição não é democrática, mas ainda sobra algum espaço para que cidadãos do meu país se manifestem por aquilo em que acreditam, concorde-se ou não.
Mas, mais uma vez, estes senhores também parecem ser pouco democráticos, por também se insurgirem contra um programa de televisão, o Esquadrão G. Um canal privado como a SIC pode pôr no ar o programa que quiser, desde que não haja nada na lei contra. A única forma de censura que se pode impôr à SIC, neste caso, é não ver o programa.

sábado, setembro 10, 2005

Autarcas de serviço?

Um cidadão próximo de mim (no caso, é uma cidadã, mas o importante é a acção, e não a identidade deste sujeito) pretende abrir negócio no concelho da Trofa. Como é um tipo de negócio que envolve muitas condicionantes para licenciamento (essas licenças foram pedidas, se não me engano, há já dois anos), tem existido alguma resistência burocrática (no mínimo, e não querendo acusar a câmara de favorecer outros profissionais do mesmo ramo, que pediram licenciamento há menos tempo e já estão abertos para negócio). Posto isto, o cidadão em questão pretende uma audiência com o presidente da câmara, o Dr Bernardino Vasconcelos. Tentando uma audiência com o funcionário público em questão, assalariado do estado, foi-lhe dito que este não teria tempo, pois está em campanha eleitoral. Que tentasse para depois do dia nove de Outubro.
Para que foi eleito este senhor? Foi para ser Presidente da Câmara da Trofa. A sua campanha eleitoral já devia estar feita, com um bom trabalho na admnistração do município. Seria, agora, uma mera questão de defender o trabalho feito, sem o esquecer, seja por que período for.
Mais uma vez, e começa a ser demasiado recorrente, fico com a certeza de que o próprio eleitorado fomenta este tipo de comportamento, dando maior importância ao populismo de uma campanha eleitoral que à seriedade do trabalho feito.
E assim vai Portugal.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Não percebo

Louçã acusa Dias Loureiro de fazer lucro com os incêndios... não vendendo os aviões?! Não sou economista, mas não me parece lógico. Se eu quisesse fazer lucro fácil e pouco escrupuloso, aproveitar-me-ia da minha posição no governo para me comprar os aviões ao preço que me apetecesse...
Ele fala do aluguer dos helicópteros, mas não os liga a Dias Loureiro. Apenas os mete na conversa para fazer fumo, como é, aliás, típico do BE. E dizem eles que representam um novo modo de fazer política.

Por outro lado

Acerca do post anterior, lembrei.me de uma pequena diferença entre a política/justiça na RAM e no erritório continental: No ano passado caíram suspeitas de trafulhice sobre dois ou três autarcas Madeirenses, quase inevitavelmente do PSD. De imediato AJJ disse "investigue-se, e se forem culpados, cadeia com eles". A verdade é que já foram resolvidos estes casos, e pelo menos um desses autarcas (eu tenho a impressão que são dois) já foi dentro.
No resto do país estes casos arrastam-se no tempo e nos media, sem resolução à vista. No resto do país há fugas de informação que permitem que alguns desses suspeitos se ponham em fuga horas antes de lhes chegar a casa o mandato de captura. No resto do país os suspeitos recandidatam-se, e muito provavelmente, ganham votos a metro!
Marques Mendes bem tenta impedi-los, o PS do Norte bem tenta impedi-la, mas o povo parece gostar da publicidade que esses figurões suspeitos trazem à terrinha. Culpados ou não, dão uma má imagem da política autarquica Portuguesa, que,convenhamos, não precisa.

Estes lóbis...

O post "Estou, Sócrates? É o Zé pá... " do JCS, no Lóbi do Chá, mostra como se processa a política local em Portugal. Faço notar àqueles que só vêem este tipo de comportamento na esquerda socialista (na minha modesta opinião, muito mais propícia a este tipo de arranjinhos), que os concelhos do Porto Santo e de Machico, na minha Região Autónoma da Madeira, se começaram a desenvolver com mais força há cerca de oito e quatro anos, respectivamente, o mesmo tempo a que cada uma delas passou a ter maioria PSD. Coincidência? Não sei, nem acredito.
Podemos concluir que os tráfegos de influências são lugar comum nas nossas autarquias. E por ser usual, devemos permitir? Porque os outros fazem, devemos fazê-lo? Pensemos nisso.
Eu confesso-me teimoso...

quinta-feira, setembro 08, 2005

Areias Portossantenses



Matando as saudades a quem já as sentiu entre os dedos, fazendo inveja a quem nunca se deitou nestas areias banhadas de sol.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Palestinos vs. Palestina

Diz-se que terá a haver com acusações de corrupção ao assassinado, Moussa Arafat (primo do Yasser). Eu acredito na teoria da luta pelo poder e/ou divergências ideológicas, mas se foi por causa de corrupção, talvez devêssemos seguir o exemplo em Portugal, tanto para a corrupção como para a fuga aos impostos... Eheheh!

Vende-se de tudo

Vende-se de tudo na internet... Recebi um e-mail de um primo, que tinha este link como assunto. Pessoalmente não me interesso muito, mas se existe, é porque vende. Negócios...

terça-feira, setembro 06, 2005

Uma carta de Elise

Achei por bem chamar a atenção (como se fosse preciso) para o que escreve a Elise no Letters From Elise sobre as culpas eventuais no desastre Katrina. Atentem.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Democracia côxa

"Marques Mendes desafia primeiro-ministro a debater crise económica e social no Parlamento". Foi este o título que me chamou a atenção ao abrir a página do Público na internet, mas não foi senão quando li o texto que senti vontade de, mais uma vez, me insurgir contra a falta de democracia desta 4ª República. O que realmente me criou um certo mal estar, foi o teor do desafio de Marques Mendes, que melhor se entende no seguinte excerto: "Aconselhando José Sócrates "a não ter medo de escolher este tema" e a não fugir do que "realmente está a preocupar o dia-a-dia dos portugueses", Marques Mendes considerou que uma recusa do chefe de Governo a este desafio será uma demonstração de falta de coragem.". Pergunto-me qual será a lógica democratica que leva a que, no debate mensal no Parlamento representativo (mais ou menos) dos eleitores Portugueses, o chefe do executivo responsável pela condução do país escolha o tema que lhe apetece?
Além de serem pouco frequentes (podiam ser semanais, na minha modesta opinião), estes debates deveriam acarretar uma verdadeira responsabilização dos membros do executivo pelos actos governamentais. (Pode acontecer, um dia, que a coisa esteja de tal maneira mal que um Primeiro Ministro escolha debater de que côr pintar uma das salas do Palácio de São Bento, só para não falar de nada em que se possa "enterrar")
Numa qualquer grande empresa, os executivos explicam aos accionistas o que fizeram e o que pretendem fazer, e depois assumem a responsabilidade de responder a qualquer dúvida que os accionistas tenham em relação aos seus planos. Era bonito se decidissem os gestores a que dúvidas responder...
Assim é a nossa democracia.

domingo, setembro 04, 2005

Aculturação Zoológica

Hoje fui ao Parque Biológico de Gaia ver uns animais que por lá andam, uns presos, outros nem por isso, e dar um passeio com a minha namorada. Confesso que também prestei atenção a algumas plantas, mas não é esse o meu maior interesse no Parque.
A razão por que aqui escrevo sobre isso tem a haver com três episódios que presenciei, e que me deixaram boqueaberto e mais desiludido com o civismo e a falta de conhecimento em relação a animais bastante comuns e conhecidos. Passo a contar o primeiro:
» Estava a ver os cágados e tartarugas, quando uma conversa entre mãe e filho me chamou a atenção. Dizia o anafado infante, apontando para o letreiro onde se lia sobre os cágados-da-Florida (Trachemys scripta elegans), que os descrevia como tartarugas _ "Olha, Mãe! Afinal temos uma tartaruga a sério lá em casa, e não um um cágado!". A mãe lê o dito letreiro e confirma _ "É uma tartaruga...". Não é a discussão cágado/tartaruga que aqui me aflige, pois não tenho assim tantos conhecimentos de herpetologia, mas o facto de naquele texto se incluir um pedido para não os comprar, pois são uma praga introduzida na Europa, pedindo, também, a quem as possuisse que as entregasse no parque, ou em qualquer outro centro de recuperação de vida selvagem. A mãezinha leu o letreiro, e tudo que ficou foi "é uma tartaruga"...
A segunda história é a menos grave, já que envolve o reconhecimento de animais que não são assim tão comuns, havendo mesmo algumas confusões quanto a tamanhos e coisas do género. Mas quem não sabe, não inventa, e o Parque tem informação disponível nas cabines de observação de cada grupo de animais.
» Estava a observar o texugo (Meles meles) num comportamento compulsivo, andandando de um lado para o outro sempre pelo mesmo caminho, quando chega um casal de cerca de 50 anos, cujo membro masculino tinha mesmo aquele ar de "eu é que sei!". _ "Olha um porco!" _ imitando de seguida, com um grunhido, um porco. _ "Um porco?!..." _ duvida a esposa, _ "Um porco-espinho." _ assegura o sabichão. Ora, garanto-vos que nem o porco-espinho (Hystrix cristata) grunhe como um porco, nem tem muitas parecenças. O porco-espinho tem espinhos preto e brancos...!
Vou já ao terceiro episódio, mais grave que o anterior, por envolver um animal tão conhecido como uma galinha. Atentem:
» Na fase final da visita, reparei nuns coelhos-bravos (Oryctolagus cuniculus) que andavam soltos no meio de um relvado. Como os apontei à minha companheira de passeio, uns senhores que por ali passavam, um senhor e duas senhoras com idades semelhantes às do casal anterior, olharam na mesma direcção. _ "São toupeiras" _ ouvi dizer o senhor, _ "Tens certeza? Não são coelhos?" _ duvidou uma das senhoras, logo corrigida pela outra _ "São parecidos, mas são toupeiras. Não estás a ver as orelhas compridas?". Dois contra um, verdade inegável: estávamos na presença de toupeiras gigantes e orelhudas. Há várias espécies de toupeiras, que vos ajudo a comparar com um coelho. A ver: toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus); toupeira-cega (Talpa caeca); toupeira-comum (Talpa europaea); e toupeira-romana (Talpa romana). Estas são as toupeiras constantes no Guia FAPAS - Mamíferos de Portugal e Europa, e são todas muito parecidas entre si (só a toupeira-de-água se distingue das outras sem as biometrias), mas nem de perto parecidas com um coelho.
Por favor, não façam estas figuras. É melhor confessar na dúvida e perguntar a quem sabe, ou ver na literatura disponível.

sábado, setembro 03, 2005

Os outros dizem

E eu?

Depois de ler que vamos andar a "emprestar" petróleo aos EUA (!!), permitam-me fazer esta pergunta por todos os Portugueses: E eu?

Uma boa desculpa

Não é por aí

Resolve-se o problema dos professores aumentando o período de deslocação? No caso dos alunos que passam a ter o mesmo docente durante um ciclo de ensino, até pode ser (a não ser que lhes calhe um mau professor, coisa que não parece existir em Portugal). Mesmo assim, continuo a achar que o problema se resolveria de vez se o concurso nacional fosse extinto, e fossem as escolas a escolher os professores para o seu quadro ou, no mínimo, se este fosse substituido por concursos regionais.

sexta-feira, setembro 02, 2005

Créditos e méritos

Estou a ouvir o discurso de José Sócrates...
Pelos vistos, o actual Ministro da Educação (nem me lembro de que sexo é) não usou o mesmo programa de colocação dos professores que a Ministra anterior usou...
Pelos vistos, o ensino de inglês na primária era uma promessa muito mais importante que a não subida dos impostos.
Pelos vistos, este governo ainda não teve tempo de resolver o problema dos incêndios, mas já o teve para a colocação dos professores.
Pelos vistos, dizer que os incêndios são responsabilidade do governo é oportunismo político. Mas não o foi nos três anos anteriores...
Pelos vistos, o orçamento que o PS deixou passar antes de assumir o governo (absteve-se, e rectificou-o por pressão presidêncial e do então Ministro das Finanças) não prestava.
Ah! Pelos vistos este é um comício de apoio a Francisco Assis, candidato à Câmara Municipal do Porto... (ainda não ouvi falar de problemas da cidade...)
Pelos vistos, segundo o repórter, só lá estão a assistir os "clubistas" do PS. A praça está meio cheia (reparem que evitei dizer meio vazia).
(É de mim, ou quando os militantes berram PS, soa a PALHAÇO? Não pensem que estou a ser irónico, estou a ser sincero, até porque não considero que Sócrates seja um palhaço. Pelo menos a mim não me faz rir).