segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Morte! Morte!

Apelo ao lançamento de uma fatwa ao jornal A Bola, que publica uma herética piada a um dos históricos do Futebol Clube do Porto!!
Ofereço, até, a nível individual, três brinquedinhos daqueles que saem nos ovos de chocolate, a quem partir o lápis de Luís Afonso, autor do ofensivo desenho!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

As energias alternativas... ou nem por isso.

Energias alternativas. Esta expressão não diz nada de específico, já que todas as formas de obtenção de energia eléctrica são, ao mesmo tempo, alternativas e complementares umas às outras. Limpas? Ecológicamente inócuas? Não existem.
Entre as diferentes energias existem diferentes vantagens, e todas têm desvantagens. O truque está em encontrar o equilíbrio entre vantagens, desvantagens e custos económicos.
Usando a lista do comentário do Aves Raras no post anterior, e completando alguma coisa a mais, vou tentar ver, um bocado ao improviso, quais são as características dos diferentes tipos de energia, se me lembrar (tendo em atenção que dos custos percebo pouco). Tnhamos em linha de conta que a construção dos equipamentos significa sempre uma intrusão no ambiente, apesar de temporária.
Começando pela energia solar, que a uma escala pequena é uma excelente opção, torna-se uma forma de energia pesada para o meio ambiente quando se fala em abastecer cidades inteiras. Exige uma área considerável e só isso é uma desvantagem grande. Pode-se ainda argumentar (e para quem não se interessa muito pela preservação dos ecossistemas, esta é uma questão menor) que uma larga área coberta por espelhos vai alterar os regimes de luz na zona circundante.
A energia eólica é instável, exige formas complementares. Não é muito alternativa, digamos. É uma forma cuja construção pode ser controlada de forma a perturbar ao mínimo o ecossistema circundante, mas depois de construído o campo de hélices, ficamos com uns gigantes brancos que ameaçam atacar um qualquer D. Quixote que por ali passe, para além de introduzirem um factor extra de poluição sonora no ambiente circundante.
Falar em energia das marés, é o mesmo que falar em destruir ecossistemas costeiros, além de exigir uma manutenção permanente, já que algas e outros seres vivos se agarram a qualquer coisa que esteja dentro de água o tempo suficiente.
A biomassa tem uma vantagem bastante visível: pode livrar-nos de alguns lixos orgânicos. Mas é uma queima, e como tal emite produtos de combustão. E emite vapor de água. O vapor de água pode parecer (e é) uma emissão menos nociva que as das combustões, mas uma libertação constante e em grandes quantidades aumenta a humidade relativa do ar na zona, e aumenta a possibilidade de ocorrência de nuvens, alterando os regimes de luz daquele ecossistema.
A famigerada energia nuclear, também polui com vapor de água, para além da poluição que a extração do urânio, ou outro elemento potencialmente radioactivo (como o nosso volfrâmio), produz, e dos resíduos radiactivos que não são tão significativos como se quer fazer crer. Mas existem. Existe ainda a poluição potêncial de um acidente nuclear, que só não é perto do impossivel porque já aconteceu uma vez, depois de décadas de falta de manutenção. Se esta manutenção não falhar, pode dizer-se que é uma das energias mais seguras.
A energia geotérmica, começa por ser limitada, já que não é em qualquer lugar que se pode implantar esta forma de energia. Também produz vapor de água.
A energia térmica por combustão de fossilizados, também produz vapor (e eu a dar-lhe com o vapor), para além dos gases nocivos, produtos daquela combustão. São gases que provocam o tal efeito estufa, além de alterarem os equilíbrios químicos da atmosfera, instabilizando a camada de ozono, e em casos mais extremos provocando chuvas ácidas. A extração dos combustíveis fósseis também são actividades altamente nocivas para o meio-ambiente.
O meu vilão de estimação, a energia hidroeléctrica, por barragem (porque existem casos menos nocivos de hidroeléctiricas por condutas, mas menos produtivas. É só ver o caso da RAM), é um crime ambiental por si só. A sua construção desfaz ecossistemas fluviais sem apelo nem agravo. Depois de construídas, as barragens criaram dois ecossistemas diferentes onde antes havia um, natural. Se no local havia um ecossistema adaptado (e há sempre, com maior ou menor valor) a um certo caudal, ou variações deste, e às falésias, depois do monstro construído, temos um ecossistema lacustre (para o qual nem fauna nem flora locais estão adaptados), e um ecossistema de caudal reduzido, diferente do anterior. A área de falésias fica reduzida. As rotas de migração de alguns peixes ficam interrompidas, mesmo apesar de se fazerem corredores próprios para permitir a passagem dos peixes. Nem todas as espécies conseguem subir estes ribeiros artificiais.
Informem-se, e não acreditem em mim. Decidam as vossas simpatias depois.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

E se...?

E se, em vez de um novo aeroporto na Ota, se construísse uma central nuclear?

A gripe das aves...

Ridículo

Se a queixa foi retirada, porque é que Rui Rio foi constituído arguido? Se se trata de um crime público nem era preciso haver queixa. Sendo necessária a queixa, esta foi retirada. Este é um exemplo de ineficiência e de desperdício dos fundos públicos.

Pergunto eu...

Vendo de fugida umas imagens dos Jogos Olímpicos de Inverno, surgiu-me uma dúvida de pouca importância na minha vida, mas que julgo pertinente na justiça das coisas. Porque raio é o hóquei no gelo desporto olímpico? E porque raio não o é o hóquei em patins?
(Se calhar é porque os países papa-medalhas-olímpicas não têm a mínima tradição no hóquei em patins, digo eu)

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Como?... Não percebi...

A princípio pensei que se tratasse de um impedimento a que um cidadão tenha casa de férias, assim como quem combate elitismos de forma fascizóide. Mas a declaração do Secretário de Estado Eduardo Cabrita, em que este diz que "haverá parâmetros mínimos de consumo a partir dos quais se considera que a casa não é devoluta", fez limitar a minha interrogação aos limites que estes génios da comédia pretendem, então, impôr. Mas não foi aí que a notícia me deu a volta à paciência.
Quando o Secretário de Estado diz que "é preciso incentivar a recolocação desses fogos no mercado", vem-me logo à cabeça as recentes mudanças na regulamentação do mercado imobiliário (especialmente o de aluguer). Assim, o que o Governo nos diz é que se quisermos alugar um imóvel, não podemos fazê-lo segundo as leis de mercado, e logo a seguir vem dizer-nos que somos obrigados a entrar nesse mercado viciado...
Será que há aqui algo que me escapa?

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Quem semeia ventos...

Freitas do Amaral disse que tal, o embaixador do Irão elogiou-o por tal ter dito. Agora, o MNE esconde que disse tal e repudia o tal e qual que o embaixador disse depois de elogiar o tal que ele próprio verbalizou. Fui claro...?
Quem semeia ventos, colhe tempestades.

Os cartoons Iranianos, e a resposta Israelita

Neste site, tive a hipótese de ver as famosas caricaturas de resposta às dinamarquesas, ridicularizando o holocausto. É um site de propaganda Israelita de contradição às ditas... Propaganda lamechas e desnecessária, a meu ver.
Lamechas, porque nunca percebi o exagero que se faz em volta do holocausto. Muitas mais pessoas foram mortas às mãos de outros regimes, alguns até contemporâneos do de Hitler. Aliás, percebo. Ou não fosse o lobby judeu um imenso e musculado polvo.
Desnecessária, porque a melhor resposta é ignorar. Façam lá as caricaturas que quiserem, e não se queixem das dos outros, é só o que peço.
Devo dizer que só dois dos desenhos me fizeram rir (um dos objectivos desta arte), e, mesmo assim, um deles com uma concepção artística paupérrima. Mas isso depende só do meu gosto.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Ainda estou para ver

Ainda não ouvi nenhum líder muçulmano, religioso ou não (nos raros casos em estas duas condições não coincidem), dizer que as caricaturas o ofendem, mas paciência. Nem os mais moderados. Esses dizem que nada têm contra a liberdade de expressão, pretendem defendê-la até, mas falam em bom senso, em limitações.
Quanto ao bom senso, cada um sabe de si, e ninguém tem nada a ver com isso. Já as limitações, quaisquer que sejam, à liberdade de expressão, são inadmissíveis. Não consigo encaixar a definição de liberdade de expressão parcial. Ou é ou não é.
Ou será que a liberdade de expressão não é poder dizer tudo que nos vier à cabeça? Se me disserem que posso dizer o que penso, a não ser que isso ofenda um ou outro badameco, já me tiraram a liberdade. Se mentir, ou não puder provar alguma acusação que faça, processem-me, mas não me proíbam de o dizer.

sábado, fevereiro 11, 2006

É que já faltou mais

Apesar de não gostar nada de fazer guerra, já faltou mais para começar a defender a eliminação da ameaça de proliferação nuclear iraniana por via da largada de umas quantas bombas bem metidas nas barbas dos governantes políticos e religiosos (correndo o risco de entrar em redundância) daquele país, e de todos os outros onde se atacam território e cidadãos europeus, só pelo facto de serem das nacionalidades que são.
Já nos declararam guerra, resta defendermo-nos.

Política e futebol

A guerra já chegou o futebol. Há quem sugira a exclusão da selecção o Irão da competição. O medo de entrada de elementos perigosos na Europa entre os torcedores, a transformação das eventuais vitórias em mensagens divinas e em demonstrações da superioridade iraniana, ou a simples retaliação política podem ser os motivos para semelhante sugestão.
Por mim, nem o medo deve tomar decisões por nós (é assim que os déspotas vencem), nem devemos nós alhear uma equipa que ganhou o direito a estar na fase final dquela competição, já estaríamos nós a praticar o despotismo de acusamos o poder político do país que aquela equipa representa.
Continuo a dizer que temos de os ignorar. (E retaliar, de preferência diplomaticamente e à luz do direito internacional, aos ataques a solo europeu, como são as embaixadas de países europeus, por exemplo).

Pois é. É a vida!...

Chegado à Região Autónoma da Madeira lá pelas dez e meia da matina do dia dez de Fevereiro (hje, para quem, como eu, ainda não se deitou), não perdi tempo e fui ver como anda a noite de sexta-feira à noite nesta ilha onde uma cegonha, por um feliz acidente, me largou. Frequentei os mesmos lugares de sempre, ou quase, mas as pessoas parecem-me diferentes. Parecem-me todas as mulheres que vi, salvo a excepção de quatro ou cinco frescas jovens de visíveis dezoito a vinte anos, me pareceram uma cambada de encalhadas, umas mais desesperadas que outras. Os homens que por lá andavam pareceram-me velhos e cúmplices das as desesperadas solteironas. Assustei-me, pois reconheci muitas das caras que agora me entristeciam como meus contemporâneos, alguns até mais novos quatro ou cinco anos que eu...
Serei eu que não me vejo como o homem feito que devia ser, ou serão eles que têm pressa de se deixar engulir pela uniformidade e uma vida grisalha, cheia de obrigações e linhas gradeadas?
Serei um Peter Pan, ou um louco que não se descobre com um lugar no mundo, onde se possa sentar e esperar que a vida o engula?
Às vezes tenho a impressão de correr sozinho pelo cego nevoeiro, mas de pés descalços sentindo a areia, a erva e as pedras.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Relembrando

Mais uma vez, vêem-se uns quantos tipos vociferar no seu sotaque madeirense que existe falta de democracia na Madeira. Que existe falta de elegância, de diplomacia, e até de educação, é facilmente comprovável, de parte a parte. É claro que a imprensa e mídias nacionais só se interessam pelas palavras de Alberto João Jardim, especialmente quando podem tirar frases fora de contexto de forma a dengrir um homem que comete, desde muito cedo, o crime hediondo de tratar os "jornalistas" por tu, e não os tratar com salamaleques e simpatias que não deviam sequer esperar obter.
Mas lembro a apreciação de Garcia Pereira durante a campanha para a Presidência da República. Na Madeira não há défice de democracia. Há défice de oposição.
Chego a suspeitar que a oposição madeirense ganha mais como tal, e por isso se acomoda e deixa andar, fazendo ruído de fundo só para não ficar esquecida.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Mal habituados

Os muçulmanos têm todo o direito de estar zangados com as caricaturas. Têm todo o direito em manifestar-se contra a publicação das ditas. Só não compreendem que a Dinamarca, assim como a Europa inteira, não tem qualquer responsabilidade naquela publicação, porque neste lado da barricada, a imprensa é independente do estado. No lado deles, isso não é verdade, e é essa a realidade que conhecem.
Estão mal habituados...!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Será isto um padrão?

Nesta notícia do Jornal de Notícias, de que vi imagens na RTPn em que até fotografias de navios da companhia cujo barco naufragou foram queimadas, pelo simples facto de serem fotografias de barcos daquela companhia, vemos a irracionalidade das reacções daquelas culturas. Afinal não é só porque uns gajos tem um sentido de humor menos cuidadoso que eles queimam bandeiras e símbolos. Afinal a indignação naquelas bandas não se limita a um assalto à religião.
É cultural, arrisco, sabendo que estou a ser injusto nesta minha generalização. Mas qual é a generalização 100% justa?

Engana-se

O Imã Mounir, de Lisboa, diz "a liberdade de imprensa tem limites". Engana-se. Qualquer imposição de limite à liberdade de imprensa é censura. A imprensa até pode publicar mentiras e boatos, sujeitando-se a eventuais responsabilizações legais.

domingo, fevereiro 05, 2006

Ocorreu-me...

Os muçulmanos vêem Jesus Cristo como um profeta. O Corão proíbe a reprodução da imagens dos profetas. Em qualquer igreja, casa ou publicação cristã é possível ver representações do filho de Deus / profeta.
Em vinte e nove anos e cinquenta e seis dias não me lembro de ouvir o islão ameaçar destruir o mundo ocidental pelas suas imagens de JC.
Bem sei que desta vez se gozou com Maomet, mas já muitas vezes se usou a imagem de Cristo para gozo, inclusivamente em filmes.
O que eles querem, infelizmente, é guerra. Qualquer desculpa serve.

A terceira Guerra

Ilustra a Elise neste post.

sábado, fevereiro 04, 2006

Ouvi de passagem

"Para usar uma expressão muito nossa, isto é como um jackpot". Ou será jaquepote?

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Uma questão de disponibilidade

Sempre que vejo as grandes manifestações dos muçulmanos nos países em que são maioritários e infiltraram a sua religião nas leis, lembro-me de um comentário que um tio meu fazia há uns anos atrás. Este meu tio chamou-me a atenção para a frequencia com que estas massas populares saem à rua, em pleno horário de trabalho. Ou o número de desempregados nestes países é avassalador, ou aquela malta não leva o trabalho a sério. Constantemente na rua, aos berros, prometendo morte a porcos e a imperialistas, a infiéis e a pecadores de opinião.
Nem as greves Portuguesas são tão frequentes, e já são boas machadadas na produtividade nacional.

Quanta bondade!...

Quando questionados sobre o destino que dariam ao jackpot do Euromilhões, muitos Portugueses respondem, de mão distraidamente pousada sobre o esterno, olhos tristes numa cabeça ligeiramente inclinada, com a voz carregada de emoção, que "ajudava muita gente".
Acredito que ajudassem alguns familiares directos. Acredito, até, que alguns, que nem fazem contas a quanto dinheiro ganharam, julgando o prémio infinito, o distribuam ao desbarato a todos os charlatães que se apresentem com uma causa aparentemente justa. Mas o grosso desta gente pegava no dinheiro e punha-se a andar! Até porque o terror do vizinho que cumprimenta com um aceno e que, a partir do momento em que soubesse do prémio, passaria ao abraço, ao "amigo do peito", os fariam fugir a sete pés, enojados com a natureza interesseira do Português que quer a vida fácil. (Como eu...!)
Eu joguei e não invento: se ganhar, tudo farei para que ninguém saiba. Eventualmente, daí a uns meses (24-36), algumas pessoas mais próximas teriam já a minha confissão, e os outros que o deduzam.

Ocorreu-me

O advogado do casal de lésbicas que se quer casar à viva força publicitou a sua intenção num blogue. Só se fez acompanhar à conservatória por um casal. Devo concluir que a comunidade homossexual deste país se mantém longe da blogosfera? Ou que não há assim tantos que se queiram casar? Ou então, o advogado seleccionou-as, preterindo outros casais, discriminando-os...?
Se alguém pensar noutra hipótese, faça o favor de ma comunicar.

Finalmente...

Estou de volta. Finalmente! Uma semana inteira sem internet leva qualquer um ao abismo da loucura. Principalmente quando a justificação da TVCabo é que um raio caiu sei lá onde... E ainda me é difícil sair de casa nesta altura, em que é suposto estudar para exames. Vamos a ver se me descontam uma semana na factura mensal...
Para piorar o caso, foi uma semana fértil em assuntos que normalmente me fariam gastar as unhas neste teclado. A secreta, que , como qualquer secreta que se preze, é secreta e não existe oficialmente; as senhoras que armaram um festival mediático em volta de um casamento que sabiam, desde o início, que não seria autorizado (mas há um advogado no meio disto tudo que potênciou a possibilidade de aumentar a sua carteira de clientes, principalmente no seio da comunidade homossexual); as famigeradas caricaturas do profeta maior da religião muçulmana, e a reacção exarcebada por parte daqueles para quem a liberdade de expressão se deve limitar ao que os líderes religiosos, deles, permitem; o cândido pedido do presidente do Irão para que o resto do Mundo lhe limpe o sebo; etc.
Repito: estou de volta...