sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Quanta bondade!...

Quando questionados sobre o destino que dariam ao jackpot do Euromilhões, muitos Portugueses respondem, de mão distraidamente pousada sobre o esterno, olhos tristes numa cabeça ligeiramente inclinada, com a voz carregada de emoção, que "ajudava muita gente".
Acredito que ajudassem alguns familiares directos. Acredito, até, que alguns, que nem fazem contas a quanto dinheiro ganharam, julgando o prémio infinito, o distribuam ao desbarato a todos os charlatães que se apresentem com uma causa aparentemente justa. Mas o grosso desta gente pegava no dinheiro e punha-se a andar! Até porque o terror do vizinho que cumprimenta com um aceno e que, a partir do momento em que soubesse do prémio, passaria ao abraço, ao "amigo do peito", os fariam fugir a sete pés, enojados com a natureza interesseira do Português que quer a vida fácil. (Como eu...!)
Eu joguei e não invento: se ganhar, tudo farei para que ninguém saiba. Eventualmente, daí a uns meses (24-36), algumas pessoas mais próximas teriam já a minha confissão, e os outros que o deduzam.

1 comentário:

Anónimo disse...

Que gran verdade!!... estou completamente dacordo contigo, Gonçalinho, mais non é so a natureza intereseira do Portugués que quere a vida fácil, tamén do galego, o español, o inglés, etc... Ay, cantos "amigos" descobriría eu que tenho se me tocase o Euromillón jeejeje!

Mais, de feito, eu faría coma ti se me tocase, gardar silencio, moito silencio...

Por certo, estouno a pasar moi ben lendo os teus blogs.

Moitos bicos dende Galiza.

ixuam