domingo, março 28, 2010

Condução de erudição científica

Tive, recentemente, oportunidade de ver como andam os testes de código necessários para obter a carta de condução. Imagina o leitor que, uma vez que a minha licença de condução tem já quatorze anos, muita coisa mudou desde o meu tempo. Alguns pormenores mudaram, algumas regras foram adicionadas e outras exigências se infiltraram no conhecimento necessário.
Mais do que uma pergunta das que li tinha pouco a haver com o código da estrada per si, mas houve uma que me provocou maior alergia (e sabe quem me conhece que, infelizmente, sou dado a estas alergias), por não ter ponta por se pegue em termos de conhecimento imprescindível para a condução. Testava-se, então, a ignorância do testado acerca do que é a visão estereoscópica. Ora, na condução, a estereoscopia ocular usa-se, quer se queira ou não, quer se saiba o que é ou não.
Como me tenho esforçado por ser um cidadão que contribui para o avanço da sociedade e das burocracias que a unificam (permitam-me o sarcasmo), decidi compôr uma questão para o dito exame. Pensei em algo que fizesse falta saber; uma dúvida justa que penso incomodar a grande maioria dos condutores do sexo masculino. A pergunta, e respectivas opções de resposta, seria algo como isto:

Em plena marcha, o condutor sente comichão no escroto. Qual das seguintes opções é a correcta?
A - Não deve coçar o dito, para não perder o uso de uma das mão na condução, aguentando até a próxima oportunidade para parar o veículo e então aliviar-se desse incómodo.
B - Deve coçar de imediato, uma vez que que tal condição é passível de provocar nervosismo ao condutor. A última coisa que pretendemos na estrada é um condutor nervoso.
C - Estando acompanhado, deve pedir ao passageiro do lado que lhe alivie a comichão. Pode ser o começo de uma grande amizade.