O país está outra vez sob ameaça de incêndios, agravada pela seca deste ano. Além de diminuir as reservas de água, a vegetação também se ressente, dominando a vegetação seca e fácilmente combustível. Esta secura só ajuda as espécies vegetais invasoras, que se dão bem em clima de secura (pinheiro e eucalipto) e de muito calor (principalmente o eucalipto). Estas árvores são bastante combustíveis, e até potênciam o próprio fogo. Eu sou da opinião de que este risco agravado de incêndio, que vivemos de há uns anos para cá, é consequência do clima e da falta de uma verdadeira política de ordenamento de território que dê prioridade à floresta nativa (e sem limpeza dos matos nativos, de preferência!), sem ceder um centímetro à pressão urbanística ou à pressão da "mão untada". Ainda por cima temos pessoas a construirem, ilegalmente, casas literalmente encostadas às árvores, que vêm, em caso de incêndio, chorar para a televisão que a casinha está em perigo, que é tudo o que têm, blábláblá...
Ou então a culpa é do Cavaco (como dizia António Guterres)...
Post Scriptum: Esta introdução em massa de espécies invasoras começou no tempo de D.Dinis, o Poeta Lavrador, que mandou plantar o pinhal de Leiria. A situação só piorou com os descobrimentos, tanto pela introdução de espécies exóticas (o eucalipto, por exemplo), como pela plantação de mais pinheiros (e outras árvores) para fazer madeira para as naus e caravelas. Mas daquela altura não se sabia o que se sabe hoje em dia. As desculpas acabaram há, pelo menos, cerca de 50 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário