quinta-feira, janeiro 19, 2006

Moeda de duas faces

Além de significar um atropelo flagrante às promessas eleitorais que lhe deram mandato popular, o aumento da taxa sobre os combustíveis não deixa de ser um reforço de receitas, sempre em detrimento a cortes sérios na despesa. Para isso havia as receitas extraordinárias, que podiam incluir várias privatizações de empresas públicas, ou de capitais públicos, que de nada servem ao estado (servem aos partidos de governo, para dar ordenadões os amigos, e beneficiar os finaciadores de campanha).
Mesmo assim já ouvi, na RTPNotícias, uma declaração em que descobri uma vantagem nesta medida governamental. Um taxista sugeria mudar o combustível da sua ferramenta de trabalho para um combustível mais barato, necessariamente menos poluente (em vista das alternativas existentes).
Não sendo esse o propósito anunciado pelo governo, a menor utilização dos combustíveis fósseis, seja por menor uso, seja por uso de energias alternativas, pode ser uma vantagem.
Mas não se esqueçam de cortar na despesa, a sério, por favor!

4 comentários:

Elise disse...

"Mas não se esqueçam de cortar na despesa, a sério, por favor"

Pode ser que cavaco relembre essa necessidade. pode ser...

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Nem é o Cavaco, presidente ou não, quem tem que fazer esses cortes. É o Governo.

ZP disse...

Pimba! Nem mais! Algém anda a prometer coisas que não vai poder cumprir... Não é que neste país à beira mar plantado isso seja novidade...

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Não ouvi ninguém prometer, ipsis verbis, que vai cortar na despesa como diz o Abtúrsio. Ouvi falar em sugestões, discursos de inspiração nacional, em deixar o governo governar, em vetar leis do parlamento, mas não ouvi nenhum candidato dizer que vai governar.
São algumas pessoas, que não se candidatam a coisa alguma que interpretam mal as coisas ou têm esperanças deslocadas.