domingo, janeiro 22, 2006

Jerónimo e Anacleto

Fiquei triste. Francisco Anacleto Louçã vai receber dinheiro dos meus impostos. E quem o ouviu lembrar-se-á daqueles discursos emotivos, cheios de perdigotos, que eu (principalmente devido à minha idade) me lembro de ver em filmes, seja no preto e branco original, ou nas interpretações coloridas do cinema, de figurões como Fidel (este ainda é, infelizmente do meu tempo), Hitler, Mussolini, Estaline, e outros revolucionários que crêem deter a exclusividade da moral e da verdade. (Lembro que andam por aí a surgir mais uns quantos, principalmente pela América do Sul)
Já quem ouviu Jerónimo julgar-se-á, fazendo fé no seu discurso, de volta ao Estado Novo. Se assim é, sr Jerónimo, foi o seu povo quem escolheu, para o bem ou para o mal. Faça o favor de não confundir este país com os dos seus modelos de governo ditatoriais, em que o Estado é a personificação do Partido, e este da razão e da bondade de intenções. A isto se chama democracia, ainda que em Portugal esta seja para inglês ver.

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