quinta-feira, agosto 07, 2008

Pressentimentos como introdução (falta de tempo)

Acordei hoje com um pressentimento esquisito. Algo mudou em mim, ou à minha volta. Não sei explicar. em sei se a angustia que sinto é má ou de simples curiosidade. Que será?
Eu continuo vivo e bem de saúde, e más notícias correm depressa... Devo estar a ficar maluco, mas é.

Talvez seja só porque me sinto cada vez mais próximo de uma ditadura pelo povo, para o povo, e por quem conseguir convencer o povo de que a sua liberdade não lhes pertence.
Há poluição numas praias lá para a Póvoa de Varzim. Em vez de se investigar a origem e suster os estragos, avisando entretanto o veraneante dos riscos que corre se entrar na água, proíbe-se pura e simplesmente os banhos. Uma clara forma de dizer ao banhista que ele é estúpido e não tem capacidade de decidir por si. A verdade é que é mesmo estúpido, porque entrega de bom grado a sua responsabilidade pela sua liberdade ao bem-intencionado estado que tudo sabe e tudo decide.
Há quem defenda este tipo de atitudes com a saúde pública. A minha saúde não é pública, digo-vos já. Ninguém tem nada a haver com a maneira como eu trato da minha própria saúde. E neste caso em que o contaminante são salmonelas, não existe o risco de um indivíduo mais aventureiro acabar por infectar outros que não foram a banhos, já que as Salmonellas não são assim tão contagiosas.
Também já ouvi argumentar que se eu me puser doente, vou pesar nas despesas no Sistema Nacional de Saúde. Nem eu sou obrigado a usá-lo (posso preferir um serviço de saúde privado) nem é lógico que eu evite usar um serviço que pago, inclusivamente sob ameaça. Se houver um contracto, assinado livremente entre ambas as partes, em que eu me comprometa a tomar cuidados com a minha saúde, cumpri-lo-ei, mas não há. Pelo menos eu não assinei nada. Mas tenho que pagar, senão...

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