Os brilhantes e bem-intencionados técnicos da vida alheia, ocupantes omnipotentes dos cargos estatais, decidiram abusar um pouquinho mais com as actividades económicas de indivíduos que andavam por aí sem Deus nem roque.
Regulam, então, esses senhores, que os estabelecimentos de diversão nocturna de mais de cem metros quadrados serão agora obrigados a contratar um segurança, num claro esforço de diminuir o desemprego entre os membros das máfias que pululam a vida nocturna pelo país fora. É de louvar a intenção.
Também regulam, esses génios do bem-comum, que tais estabelecimentos serão obrigados a ter uma câmera à entrada, para que se possa tirar o retrato a todos quantos lá entrem. Aposto que no fim da noite poderemos, todos os que o desejarem, podem ir ao bengaleiro buscar uma cópia da nossa fuça aquando da entrada, em troca de uns cinco euros.
Mas falham, esses beneméritos em causa alheia, ao não irem um pouquito mais longe. Podiam, por exemplo, regular a indumentária admissível por parte da clientela. Se não, vejamos: Numa casa onde a luz negra seja uma das fontes luminosas mais marcantes, deve ser barrada a entrada ao cliente "pé-de-gesso", sob risco de ferir a retina à restante clientela.
Também devia ser barrada a entrada a jovens que usem a cintura das calças abaixo do topo das nádegas, mostrando a lingerie masculina, num claro atentado à susceptibilidade de quem frequenta esses locais para ver, quando muito, lingerie feminina.
Haja juízo...
1 comentário:
Deixa estar que qualquer dia estamos com um gay a porta a dar palpites sobre se alguém é ou não demasiado feio para se divertir num qualquer local nocturno de diversão da moda. Se sabe bem ou não ser desclassificada por causa da obra dos nossos pais, a miúda chinesa que cantou o hino olímpico que o diga....
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