Ontem, aqui na bela Ilha do porto Santo, fui à praia. Nada de pasmar, admito, mas quando lá cheguei deitei o olho à bandeira da praia vigiada mais próxima. A praia que escolhi não é vigiada, mas está à distância de um olhar mais esforçado de uma que tem, de facto, quem seja pago para cuidar da segurança de quem por lá se banhe. O trapo que esvoaçava ao vento contra as cinzentas nuvens era amarela. Lembrei-me logo: o toti-sapiente estado permite-me que me molhe na babugem, mas não me autoriza a arriscar umas braçadas a sério.
O leitor mais frequente e atento deste blogue deve adivinhar qual foi a minha primeira vontade naquela hora. Nadar por ali a fora.
Não o fiz. Pela simples razão de que eu não conheço aquela zona e estar um bocado frio. Foi uma escolha minha, em consciência, e não o medo de uma qualquer sanção estatal.
Hoje lá estarei. Talvez arrisque.
1 comentário:
Amigo, posso-te garantir que ainda há uma praia (pelo menos uma) em que bandeira amarela não significa banhos sob pena de multa ou prisão. Quem arrisca não sou só eu, mas também e felizmente a geração vindoura. Soube bem dar umas braçadas no delicioso, embora fresco, mar do Mindelo.
Convido-te a partilhá-lo comigo quando voltares.
Até breve.
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