Passei o princípio desta tarde a ver a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Apesar de impressionante e estéticamente atraente, a cerimónia não me conseguiu prender a atenção de forma permanente, que é o mesmo que dizer que mudava de canal de vez em quando, só para não enjoar de tanta coreografia. Sempre que o fiz, ia sempre parar a notícias, principalmente na SICNotícias. E o que por lá se passava, fez-me perder a paciência.
Desde o Ministro da Admnistração Interna, a chefes da PSP e outros peritos em segurança e forças policiais, fartei-me de ouvir explicações, congratulações e outras razões para a actuação dos GOE no caso do assalto/sequestro da tarde de ontem numa depedência do BES em Lisboa. Para quê?
Parece que os GOE mataram um dos assaltantes e feriram gravemente o outro. E depois? Os reféns ficaram bem, não? Os energúmenos que se meteram por esta via de subtracção daquilo que não lhes pertence sabiam o que estavam a fazer, ou não? E ainda por cima puseram em risco e ameaçaram a integridade física de inocentes. Então os GOE fizeram tudo bem. Nada a assinalar. Então para quê tanta explicação? Talvez seja uma questão de colher louros. Compreendo, apesar de não achar boa conduta andar por aí a reclamar heroísmos. O verdadeiro herói é aquele que faz o que acha certo e não reclama agradecimentos.
Ou talvez tenham medo desta opinião pública Portuguesa que tanto diz mal porque não mataram e cederam, como por que mataram, e faz dos assaltantes vítimas de um qualquer excesso policial.
Quando um indivíduo activamente põe em risco a vida de outro, e é avisado pelas forças da ordem de que pode levar um tiro se não parar a sua ameaça, deixa de ter qualquer tipo de razão para se queixar se efectivamente levar um tiro nos cornos.
Se eu tivesse uma arma apontada à cabeça por um qualquer tipo que me ameaça continuamente com o premir do gatilho, o que eu quero é que a polícia o ponha fora de combate antes que ele concretize a sua ameaça.
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