Triste, já o confessei, mas não deprimido. Muito pela contribuição de amigos e amigas que me mantiveram ocupado demais para sentir pena de mim mesmo. A família também ajudou, apesar de, por vezes, um ou outro familiar mais próximo ter tentado demais, levando-me a sentir alguma revolta. Mas a intenção conta, e eu fiz um esforço por todas estas pessoas. Um esforço por mim e para mim.
Foi assim que me deixei levar pela vida de homem sem compromisso. Não. Não quero com isto dizer que me virei para uma vida de libertinagem ou de engate a qualquer custo. Nunca fui assim quando era adolescente, livre e com algum sucesso entre as adolescentes, não será depois dos trinta que me tornarei um mulherengo. Antes pelo contrário. Mas comecei a deixar a minha já habitual "fronha de homem comprometido" para trás e arrisquei conhecer amigas de amigas, algo que só aceitava por acaso de circunstância. Se estivéssemos à mesma mesa, por exemplo, não podia senão ser simpático.
Mas esta diferença de atitude revelou-se muito útil para mim. Redescobri-me como homem atraente. Sei que o meu aspecto físico já não é o que era, e que o adolescente que nunca se queixou de falta de interesse feminino já não existe. Mas o trintão que resta depois do cabelo comprido e da cara de bebé terem ficado para trás não parece estar assim tão mal. Fui elogiado pelo charme pela primeira vez na vida, por exemplo.
A confiança volta insuflar este meu ego que sempre foi grande (nota-se?...) e a trazer-me de volta à vida de comum mortal. E com um sorriso na cara.
Post Scriptum: Peço desculpa pelo ego inchado mas, além de ser um defeito que sempre me pertenceu, é algo de que não me quero livrar neste momento da minha vida.
2 comentários:
Boa sorte gonçalinho.
As amigas das tuas amigas têm um gosto péssimo.
(nao nao é uma piadola "been there, done that") hehehe
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