Numa amena conversa com uma amiga, que depressa se animou, até por causa do tema, ouvi as melhores desculpas de todas para não se entrar a matar aos brasileiros que fizeram reféns em Lisboa. A primeira é a de que eles eram aselhas, tontos, por assim dizer. Isso não me parece uma boa desculpa. Se eram pouco profissionais ou não, tiveram as suas escolhas: desistir ou correr o risco. Escolheram o risco.
A outra desculpa, e parece que ela a ouviu da boca de um perito na televisão, é a de que eles teriam medo de se render porque no Brasil correriam o risco de ser abatidos mesmo que libertassem os reféns. Ora, não estamos no Brasil. Penso que ninguém tem dúvidas disso. Sendo assim, os energúmenos fizeram a pior escolha baseados numa realidade do seu imaginário cultural, como qualquer outro ser racional faria. Mas a verdade é que eles fizeram a sua escolha e pagaram por ela. A Polícia não ia permitir que estes indivíduos se fossem embora com armas apontadas à cabeça de inocentes só porque eles tinham medo de ser abatidos. Eu diria mais: Se eles estavam com medo de ser abatidos, tomaram a opção correcta... Ou talvez não.
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