O meu mau feitio vem à superfície sempre que vejo argumentações sem lógica, como esta. A ILGA queixa-se de que a Igreja Católica quer proibir a ordenação de homossexuais.
Tem lógica, a opção da Igreja, apesar de pouco efectiva, já que o homossexual que quiser ser padre tem bom remédio: não diz que é homossexual. Mas digo que existe lógica nesta decisão, pelo simples facto de, à luz da doutrina católica, a homossexualidade ser pecado. Ora onde está a lógica de ordenar alguém que confessa o pecado e não se arrepende (ênfase no não arrependimento).
E para que é que um homossexual quer ser padre? Fará, obrigatoriamente, um voto de castidade!
18 comentários:
Só uma chamadinha de atenção - "para que é que um homossexual quer ser padre? Fará, obrigatoriamente, um voto de castidade!" - exactamente como um heterossexual que terá de fazer o mesmissimo voto!
Esse argumento não se justifica... ;)
Zp tiraste-me as palavras da boca!
Estava a reler este post e lembrei-me que à luz da igreja católica sexo sem ser para efeitos de procriação também é pecado (vamos todos arder nos infernos...) por isso, segundo o teu argumento, os heterossexuais tb não podiam ser ordenados padres (ou pelo menos a grande maioria deles!).
Neste caso ia ser o bom e o bonito para a igreja pois não ia conseguir ordenar nem homo nem heterossexuais... ;)
ZP:
Se o homossexual fizer o voto de castidade deixa de o ser. Ou pelo menos de o praticar, passando a ser homossexual de etiqueta. Então para quê confessar-se como tal?
Em relação ao teu segundo comentário, só te peço que leias melhor. Eu ponho como salvaguarda o ARREPENDIMENTO. Se um homossexual se arrepende, já não é homossexual...
E se um heterossexual se arrepende também não é heterossexual?
E lembro também o ZP que não haverá assim tanta gente a querer ser padre, digo eu...
Mas já agora, e para adicionar à discussão (já que não tem muito a ver ao caso), também há imensos padres que são casados e continuam a dizer missa. Quebram os seus votos e não se arrependem!
Um heterossexual, é sempre um heterossexual. É uma pessoa normal. Ou não partes do princípio que alguém que não especifique a sua sexualidade é heterossexual?
"IMENSOS padres casados"? Na Igreja Católica? Lembro de que o arrependimento é para o pecado. Padre CATÓLICO casado ou é "despromovido", ou é especialmente autorizado, logo, não está em pecado.
Enganas-te. Vou procurar na net e jé te digo alguma coisa. Lembro-me que há pouco tempo em Espanha, saiu uma noticia que dizia isso mesmo.
Não encontro a noticía, provavelmente tá em espanhol. Mas dizia que alguns padres casados em Espanha celebravam missa.
voltou a inquisição! ratzinger ordenou que todos os gays morressem queimados nas fogueiras!
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enfim...
Goethe: Vejo que passaste de imensos para alguns... Além disso, nunca disse que era falso. Lembro-me que em Portugal há pelo menos um.
"Um documento tornado público pelo Vaticano informa que a Igreja recusa a admissão nos seminários e no sacerdócio a quem praticar a homossexualidade, apresentar tendências homossexuais profundas ou apoiar a chamada ‘cultura gay’"
Gosto particularmente do 3 ponto!!!!!!!!o k é "apoiar a chamada cultura gay????!!!!apoiar??n percebo o significado!!!será q daqui a pouco n poderao entrar para o sacerdócio quem for amigo de um gay? quem algum dia, se calhar na infancia,comprimentou um gay ?
Independentemente de ser pecado aos olhos da igreja (pq aí entre sexo antes do casamento,sexo com preservativos...somos todos gravemente pecadores...mas se calhar é o passo seguinte do vaticano!!) os homosexuais têm tanto direito ao apoio da religiao como os outros "pecadores"( e quem n viver no pecado que atire a primeira pedra), por isso n entendo!! e ainda dizem q as igrejas estão cada vez mais vazias!!pq será????
Apoiar a a cultura gay, Mónica, é dizer-se "não faz mal". Por exemplo, falas do sexo antes do casamento, e apoiar essa cultura seria o dizer-se, "não faz mal". Tanto quanto sei, a igreja continua a dizer que isso é pecado, tal como diz da homossexualidade.
Sabes bem que eu sou 100% a favor do aborto, essa parentesis feita digo: acho mais "logico" ,aos olhos da igreja,nao entrar para o sacerdocio quem "apoiar" o aborto ( visto, aos olhos da igreja,estarmos a matar uma vida inocente)do q alguem q "apoia" a homosexualidade!! o Vaticano terÁ de fazer uma lista exaustiva de pecados para n se poder entrar no sacerdocio.
E O conceito de "nao faz mal" é muito relativo!! Daqui a pouco estaremos perante situaçoes em q n poderao entrar para o sacerdocio, ou até ser excluido do sacerdocio, quem celebrar missa para pessoas que se suicidaram, para quem baptizou crianças de maes solteiras, para padres que apoiam mulheres vitimas de violencia conjugal...sim pq estamos sempre casados para o melhor e para o pior...
Exageros, Mónica!
Celebrar a missa a alguém que se suicidou, é celebrar a missa para os seus familiares, que não têm culpa (em princípio).
As crianças de mães solteiras não têm culpa.
E defender uma mulher da violência conjugal, é defendê-la do pecado do violentador. Além de que te lembro que foste sexista ao considerar apenas as mulheres vítimas de brutalidades, e não as vítimas masculinas... ;)
Exageros!!?para mim n deixar entrar para o sacerdocio alguem q "apoia" a homosexualidade é tao exagerado como os exemplos que eu te dei. Nao te esqueças que ha ainda poucos anos nao se celebravam missas para "almas perdidas" que se tinham suicidado ( mesmo para a familia)pois era considerado um pecado mortal, e dos poucos, senao o unico, q n dá tempo para se arrepender;p.Agora ja é considerado doença...mas com este papa daqui a pouco, n sei n!!
Qto aos bebés de maes solteiras...conheço muitos casos, na geraçao do meu pai, que nao foram baptizados ou a muito custo, pq eram fruto do pecado!!
Apoiar homens ou mulheres( ta melhor assim?)sujeitos a maus tratos pelo seu conjugue, pela ordem de ideia do actual vaticano, ou pelo q tu disseste, que eles n podem dizer "divorcio, nao faz mal", tb deveria ser sujeito À exclusao definitiva para entrada no sacerdocio.A logica é a mesma.
Mónica: Em tempos idos, a Igreja Apostólica Romana matava pessoas na fogueira, e cobrava impostos extra aos infiéis que não se convertessem, e apoiava qualquer guerra que se fizesse "em nome de Deus". Quer isto dizer que Bento XVI é o culpado?
Isso de dizer "há uns tempos atrás" ou "no tempo do meu pai" tem esse valor: é passado.
Isso da violência doméstica é um péssimo exemplo: se a Igreja considera pecado o divórcio, também considera como tal a agressão de um cônjuge ao outro. Assim, depois de esgotados todas as alternativas, o divórcio é o menor dos males. Dizer que a Igreja, a instituição Igreja (e não um ou outro padre de que ouças falar, AGORA) prefere obrigar o cônjuge agredido a continuar a sê-lo, que desculpar o divórcio, é pura má-fé!
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