sexta-feira, março 31, 2006

Bolonhesa

Acaba hoje o prazo para a entrega das propostas de reformulação dos cursos superiores portugueses conforme a Declaração de Bolonha. Queixam-se os Politécnicos (também se queixam as Universidades, mas sem a veemência daqueles) de que não tiveram tempo para fazer os estudos e consequentes alterações aos cursos. Se levarmos em conta que a famigerada Declaração vem de Junho 1999, concluimos que 7 anos não foram suficientes. A meu ver eram mais que suficientes.
O problema da efectivação de Bolonha não está na falta de tempo, acho eu, mas no medo de perda de emprego por parte de alguns instalados que não querem perder o seu posto de supra-sumos que podem vir a perder o seu poder sobre a vida dos estudantes do ensino superior. Podem deixar de ser absolutamente necessários. Nunca o foram, mas tinham esse estatuto.
Em quase sete anos, tanto quanto sei, só uma Universidade tentou testar os seus cursos com o modelo de Bolonha, mas teve logo que recuar porque os professores das cadeiras que deixaram de ser obrigatórias fizeram pressão. Tinham que mostrar serviço, eficácia, mérito, e coisas ridículas do género. Tinham que tornar a sua cadeira aliciante para os alunos. Ultraje! O aluno tem é que os engulir, senão estes profes podem tornar-se desnecessários e serem dispensados. O aluno que se lixe. Na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto esse problema salta à vista.
Se há alguma coisa que eu acho que a Declaração de Bolonha pode trazer, é um aumento no número de cadeiras leccionadas, entre opcionais e especializações. Dependem é do interesse do aluno, razão de ser dos estabelecimentos de ensino superior, e o maior interessado na efectivação de Bolonha.

quinta-feira, março 30, 2006

Conversas dos outros

Chamem-me de cusco, acusem-me de meter o bedelho em conversa alheia, mas a discussão é interessante...
Do AMN no A Arte da Fuga.

Há debates e debates: Uma questão de educação.

Vi, hoje à tarde, um pouco do debate mensal no parlamento nacional. Costumo ver os debates semanais que as nossas televisões lá vão transmitindo. É raro não se ver uma outra salganhada, no mínimo, estourar nesses "educados" debates.
Estive agora a ver, a ver se ganho sono, um debate na BBCWorld entre um trabalhista e um conservador ingleses, em que se discutiu o finaciamento das campanhas partidárias. Tinham ambos ideias opostas sobre o assunto, concordando aqui e ali em pormenores ou questões mais universalmente aceites, mas nunca nenhum deles levantou a voz. Respeitaram sempre o tempo um do outro, aceitaram e seguiram sempre ordeiramente a mediação da jornalista, e não me apercebi de uma única tentativa de monopolização da conversa, fazendo discursos de comício. Também não ouvi uma única "boquinha" pessoal ao adversário. Comportaram-se como duas pessoas educadas que se respeitam pessoal e politicamente.
Conheço uns quantos portugueses que aprenderiam muito com estes dois senhores, incluindo um de vetusta idade e bochechas descaídas.

terça-feira, março 28, 2006

SIMPLEX 2006

É um aspirador de burocracias? Um qualquer fármaco de venda livre que combate a doença burocrática? Será um aparelho de ginástica cuja utilização emagrece e agiliza a gorda admnistração pública?
De uma coisa tenho certeza: tem nome de marca, o raio do pacote... É o marketing em força.

sexta-feira, março 24, 2006

O dia do estudante

Uns meninos querem aulas de educação sexual. Aqueles que as reinvindicam abertamente já a devem ter toda, já que os outros devem ter vergonha (infelizmente) de falar disso. Os pais também devem estar loucos para lavar as mãos da educação dos filhos, passando a batata quente a estranhos, que podem ter um conceito de relação sexual ou de permissividade moral diferente dos próprios. Venham depois reclamar que o professor tal ensinou a filhinha a ver o sexo como um acto quotidiano, sem interesse na escolha do parceiro, em prol do bem estar social entre os seus colegas... Por exemplo!...
Outros, mais velhinhos, disparam contra o processo de Bolonha. Quanto a isso, só tenho uma queixa: ainda não?! Já vem tarde!
Preferem, esses jovens, as licenciaturas estanques que os atiram automaticamente a uma categoria laboral. Interessa-lhes a categorização fechada imposta pelos os outros, em vez da educação pessoal e única. Em Portugal ainda queremos um curso superior para arranjar emprego, em vez de querer ganhar formação pessoal com o emprego desejado em vista.
É assim que se vêem estudantes universitários que não sabem sequer que existe um mundo de conhecimento além do memorizado para os exames.
Imaginemos um estudante de engenharia, que escolheu as cadeiras que o especializam na construção de estradas, por exemplo, e que ao longo do curso fez duas ou três cadeiras de ecologia, ou outras áreas ambientais, simplesmente porque lhe dá prazer. Seria, no meu entender e em princípio, a melhor escolha para projectar uma estrada numa zona de especial melindre ambiental. Teria, até, maior facilidade em conversar com os defensores e estudiosos do ecossistema em questão.
Mas são os próprios estudantes que parecem querer continuar a formar-se como blocos de cimento, imutáveis e saídos de uma forma comum.

A violência compensa

Depois da desculpabilização dos arrufos dos meninos de ouro das minorias raciais dos subúrbios franceses, que exigiam que a França se adaptasse a eles, ter acabado com promessas de lhes dar umas esmolas sociais (monetárias ou não, não sei em pormenor).
Depois dos pedidos de desculpa encapotados, e desvios de espinha à liberdade de expressão do mundo ocidental só porque uns quantos rebanhos fanáticos, pouco autónomos do ponto de vista intelectual, resolveram responder a uns rabiscos num obscuro jornal dinamarquês com violência descabida.
Voltou, agora, a tocar ao governo francês deixar-se intimidar pela violência. Não que concorde com o tal Contrato de Primeiro Emprego (CPE), mas o recuo por medo de umas boas mãos cheias de desordeiros é ceder a democracia à anarquia violenta.
A ver vamos se as tais negociações não serão senão ameaças de mais violência se o governo francês não ceder... Afinal, quem foi eleito?

Pois é...!

Esta notícia, apontada pela Elise, deixa-me bastante angustiado, por ser um indício da falta de responsabilidade em que os Portugueses se deixam cair. A falta de informação é um falso problema, já que existe informação de sobra, só não existe vontade de a procurar. A minha preocupação estende-se também a uma suspeita pessoal de que quem usa a pílula do dia seguinte como contraceptivo, também o pode fazer em relação ao aborto...
Destrói-se o corpo (no mínimo, e porque a pílula do dia seguinte não é nada leve e o aborto é uma agressão) por simples falta de informação, na era da informação global. Ou será falta de formação?

quinta-feira, março 23, 2006

Morte à burocracia!

Não tenho dúvidas de que a primeira medida é, de facto, uma machadada no sistema burocrático que testa constantemente a paciência e perseverança do cidadão Português. Já a segunda medida, dos nossos demagógicos amigos bloquistas, apenas favorece a classificação que usei antes daquela virgulazinha. Como este é um post de insurgência contra a burocracia, não perderei tempo em expôr a minha sugestão que mata vários coelhos de uma só cajadada:
E que tal eliminar totalmente a figura do casamento? Assim o BE não precisa de se preocupar com o direito ao divórcio por parte de um só cônjuge, nem com o direito ao casamento por parte dos homossexuais, e ainda abate a burocracia que envolve a assinatura desse contrato. Três em um!
Os casamentos seriam apenas formalidades religiosas, só para fiéis e segundo os costumes das diferentes religiões. A figura da união de facto já existe, e abrange todos os tipos de casal.

Atenção!

É por estas e por outras que eu queria ter quintal. Grande!

segunda-feira, março 20, 2006

É assim que se faz

Não sei se é essa a sua intenção, mas se eu quisesse preparar uma fuga, tendo dois passaportes de nacionalidades diferentes, não entregaria o documento do país em que não estou a ser julgado, de forma a poder pôr-me a andar para lá.
Como é que eu evitava entregar o dito? Entregava o do país em que a acusação foi feita, e escondia o outro atrás das costas, desculpando-me por o ter perdido.

Boa educação e diplomacia

Reparem no estilo deste ditador em estado larvar.

sábado, março 18, 2006

Democracia "à maneira dos outros"

Ao ouvir as notícias sobre as manifestações estudantis em Paris, dei por mim a ouvir algo fenomenal da boca de uma estudante francesa. Dizia ela que "eles" (o Governo francês) queriam impôr as suas ideias aos outros, e que isso não era democrático. Acho que ninguém lhe explicou que a democracia representativa impõe sempre as ideias da maioria à minoria, e que se decidem maiorias e minorias nas eleições, e não quando ela quer.
Democrático, para aquela estudante, deve ser impôr a ideia dela aos outros.
Eu não escolhi este Governo para Portugal, e não é por isso que não dou legitimidade democrática às suas opções, sejam elas boas, mais ou menos, ou as maiores asneiradas do mundo.Concorde com "eles", ou não, são a maioria actual.

quarta-feira, março 15, 2006

Ai sim?

Acabei de ver um reclame de um refrigerante light, com o mesmo nome que a Coca-Cola, onde se aplaude o facto de uma garrafa do dito tem menos que 1 caloria...
É porque é água... sem açúcar!

segunda-feira, março 13, 2006

A culpa... de quem é?

A Filipa respondeu ao meu desafio. Não respondeu no seu blogue, o Marionetas a Norte, por este ser dedicado às artes interpretativas em geral, penso eu, mas com um comentário ao meu post anterior. Desta vez diversifica o assunto, pelo que eu preferi responder àquele que serviu de propósito aos posts em questão na mesma caixa de comentários, e tentar explicar o meu ponto de vista e opinião acerca do assunto que agora ganhou preponderância na argumentação da Filipa, neste novo post.
Vejo-me novamente obrigado a transcrever o comentário para o corpo deste texto, para melhor poder discuti-lo (a Filipa não ficará certamente chateada): "continuo a dizer que somos nós que censuramos, porque diga-me, todos os homosexuais que eu conheço são pessoas normais, de uma forma geral um pouco mais tristes por terem de amar em segrdo, e já agora quantas crianças viu sair duma casa de correcção aptas, sem as maselas , não só da vida mas também das instituições, aqueles muidos, são tão culpados como os que lhes deram aquela educação, se já conheceu algum poderá ver também a tristeza de uma vida quase sempre com um passado negro e um futuro vazio, continuo a critica-lo por essas afirmações de afirmar-se homofóbico. Aqui ninguém é santo, nem o senhor que faleceu nem as crianças que o mataram mas a culpa não é apenas deles mas também minha e sua. se acha que a minha postura é conservadora vai-me desculpar que diga exactamente o oposto."
Apesar de não concordar que os homossexuais sejam normais, nem que seja porque é necessário discriminá.los no texto como tal, e a sua fuga da normalidade ser exactamente um dos pontos de começo da discussão, reconheço que muitos deles, senão a maioria, não se evidenciam da generalidade das pessoas. Se são pessoas que se sentem tristes pela falta de aceitação da sua escolha, é a vida. É a natureza humana. Com isto não pretendo dizer, de forma alguma, que a violência fisica ou psicológica que possam sofrer seja defensável do ponto de vista da natureza humana, mas apenas pelo facto de que a cultura da nossa espécie já evoluiu a um ponto em que a tolerância para com as diferenças é maior.
A culpa que a Filipa atribui a toda a sociedade pelo apedrejamento do transsexual por parte daqueles jovens de protecção emocional fraca e instável, faz todo o sentido, mas não é isolando-os das manifestações de intolerância que as educamos a tolerar. É antes mostrando-lhes que a diferença existe, e deve ser respeitada. É dando o exemplo, sendo intolerantes para com a intolerância.
Quer a Filipa melhor exemplo de tolerância do que o de quem se confessa homofóbico, mas respeita a existência dos homossexuais? Não os discrimino por serem homossexuais, mas não concordo com as suas escolhas sexuais, é tudo. No entanto sinto que a Filipa foi intolerante para comigo (provavelmente sem se aperceber), por não querer que eu manifeste os meus gostos.

domingo, março 12, 2006

Direitos torcidos


No post Eu sou homofóbico, eu critico o aproveitamento da morte de uma pessoa por parte de certos grupos de pressão para ganhar tempo de antena, e reinvindico o direito de ser homofóbico e de o admitir sem sofrer qualquer tipo de represália. Logo no primeiro comentário, sofro uma crítica por fazê-lo. Uma represália.
A saber: "eu também acho que ninguém tem nada a ver com o facto de você ser homófobico, no entanto a web é um espaço público logo vejo uma certa contradição, ou não? seja coerente, e não esvcreva coisas destas, porque está-se mesmo a ver que está à espera de resposta. Já agora acha que a pessoa que faleceu, estava naquelas condições porquê, vivia assim porquê, por uma aceitação da sociedade durante a sua vivência como transexual?..., não nos conte essas coisas em público sim...Assinado filipa, heterosexual e mãe."
Não condeno a Filipa, heterossexual e mãe, pela crítica. Atribuo-a à pressão social que em Portugal insiste no políticamente correcto, na limitação da liberdade de opinião e de expressão. Censura não oficial.
Ora a Filipa não me condena por ser homofóbico, mas condena-me por o tornar público, acusando-me de contradição. O cariz de censura nesta atitude é evidente, e não entendo onde é que me deixei cair em contradição. É a coerência que me obriga a escrever estas coisas, e claro que estou à espera de resposta, senão não valeria a pena discutir.
É este o país em que vivo. Um país em que a liberdade de expressão é limitada pela intocável moral de alguns, em detrimento do direito à opinião, e divulgação desta, por parte daqueles que não concordam com a corrente do politicamente correcto.
O direito à indignação da Filipa não pode, num país de liberdade, colidir com o meu direito a exprimir a minha opinião.

sábado, março 11, 2006

Quotas

Depois de ler este artigo de opinião de Fernanda Câncio, no DN, uma questão veio-me à cabeça (que há quem diga que é oca): Para quando um sistema de quotas para gajos de cabelo comprido? É que eu sou gajo, e tenho cabelo comprido. Sou olhado de lado por algumas pessoas, até já fui impedido de entrar num estabelecimento de diversão nocturna, uma vulgar discoteca, sem antes amarrar o cabelo, e tenho professores que parecem partir do princípio que o comprimento do meu cabelo é sinal de algum defeito de personalidade. Era engraçado que se impusessem quotas de entrada nas discotecas para jovens machos avessos ao corte capilar, ou quotas de passagem nas cadeiras da faculdade ou no acesso ao emprego.
Sou alvo de alguma discriminação pelo comprimento do meu cabelo, como já me senti discriminado por usar traje académico, como sei que há muita gente que é vítima de discriminação pelo simples facto de não se apresentar (muitas vezes por azar na lotaria dos genes) dentro dos padrões sociais de beleza. Não é por isso que que vou inventar dramas e quotas para ter acesso igual seja lá o que for. A discriminação é parte da condição humana, existem até estudos sobre a discriminação do parceiro sexual que os nossos genes nos impõem, e a melhor forma de os combater é pela demonstração de que a discriminação pode estar errada. Até porque não somos todos iguais, diga-se, havendo razões de sobra para confiar nos nossos instintos discriminatórios, até prova do contrário.
Não tenho glandes mamárias proeminentes, por exemplo (nem sonho tê-las), para que possa usar um decote generoso e ser atendido com rapidez nos muitos serviços em que o atendente é um membro do sexo fraco (o masculino), no entanto, prefiro esforçar-me mais por ser atendido...
Nem pensa aquela senhora Fernanda Câncio que podem não haver assim tantas mulheres com vontade de se meter na política. Com quotas, podemos chegar ao ridículo de ver um partido político ir buscar mulheres à porta das suas sedes só para cumprir as ditas.
Discriminação positiva não deixa de ser discriminação. A nível pessoal de cada um, não se pode eliminar. Inscrita na lei, é ditadura.

terça-feira, março 07, 2006

Cinema

Acabei de ver o filme “Good Night, And Good Luck”, cheio de mensagem política, e que me fez comparar a mensagem de perca de liberdades em favor da segurança e bem comuns, com a mensagem de entrega de direitos e liberdades em prol do bem comum e social. Até a mensagem que McCarthy usava para intimidar os seus críticos, acusando-os de serem comunistas, soa muito à mensagem de que quem não defende um estado social paternalista não é pessoa de bem.
Bom filme. Bom argumento. Mensagem tremenda.

segunda-feira, março 06, 2006

Até nem parece difícil

O Hammas diz que reconhece o estado de Israel se este retirar militarmente dos territórios ocupados. Isto seria, para Israel, reconhecer um estado palestiniano. Ora, é só uma questão de se reconhecerem uns aos outros, parece.
O problema está no solo sagrado (mais uma vez, a religião é usada como arma de arremesso). Só falta o Papa pedir uma nova cruzada para reinvindicar Jerusalém para os Cristãos, para termos uma confusão ainda mais séria. A verdade é que Jerusalém é, pelo direito internacional, de toda a humanidade, e território de admnistração repartida entre Cristãos, Judeus e Muçulmanos. Sendo assim, nem os Israelitas têm o direito a ocupá-la militarmente (como acontece), nem a pretensão dos palestinianos em fazê-la capital do seu estado é aceitável.
Com respeito religioso, alguma tolerância de parte a parte, e nenhuma interferência dos idiotas de Al-Qaedas e afins, teríamos paz naquela zona...
(PS: A não ser que as intenções sejam ocas.)

sexta-feira, março 03, 2006

A propósito...

Esta história (pelas novas regras devia escrever estórias, mas soa-me sempre a jornalismo desportivo. Além disso, a Dona Lígia ensinou-me com hi) do padre que endivida uma diocese a seu belo prazer, fez-me lembrar um poema que publiquei no Caretas. Ora leiam, e digam-me se não vem a propósito?

Terrorismo ideológico

O Spartakus chamou-me à atenção este artigo de Vasco Pulido Valente no Público. Aqui VPV trancreve alguns excertos de uma homilia do Cardeal de Lisboa, D. José Policarpo. A "dificuldade em acreditar em Deus não toca na insofismável realidade de Deus", disse o cardeal patriarca. Pessoalmente acho que a dificuldade está em acreditar em Deus, sendo mais fácil não acreditar. Para além disso a realidade de Deus só é insofismável para os crentes. Quem sou eu, crente, para proibir o próximo, não crente, de duvidar da minha crença? Por alguma razão ele é não crente...
O tal "direito à blasfémia" que o Cardeal parece condenar é que deve ser insofismável. Um bom cristão defende a sua fé argumentando com os blasfemos, ignorando-os quando estes deixam de argumentar a lógica e passam à ofensa pura e gratuita.
A tolerância, que, pessoalmente, leio na mensagem de Cristo, é para todos, até mesmo para aquele que prefere insultar-me pela minha crença.

O exemplo do padre...

Primeiro foram os dez estádios de Guterres, agora o aeroporto de Sócrates na Ota... E se não bastasse o exemplo dos políticos, ainda entra pela consciência a dentro o exemplo do padre José Maria Cortes.
Que Alverca precisasse de uma nova e maior igreja, não sou eu quem vai duvidar. Que os fiéis do Sobralinho sentissem necessidade de terem um templo próprio, também não discutirei. Mas duas igrejas ao mesmo tempo, e por aquele preço, só mesmo porque o dinheiro não lhe sai do bolso! Para que é que Alverca precisa, por exemplo, de um carrilhão de 48 metros de altura com 72 sinos de bronze, feitos na Holanda, o terceiro maior do mundo? (E devo dizer que, pelas imagens que vi na televisão, a tal Igreja dos Pastorinhos é bem feia, pelo menos por dentro).
Idiotas e imbecis, há-os em todas as classes...

Liberdade, até para fazer dinheiro

No meu post anterior, preferi deixar que a notícia falasse por si, à espera de ver que argumentos cairiam na caixa de comentários. O meu melhor argumento contra a cobrança daquelas comissões é que eu não quero pagar... Mas isso não quer dizer que isso me dê o direito de proibir seja lá quem for de cobrar seja lá que serviço for que providencie. Era o que mais faltava!
Em Lanzarote (Canárias, para quem não sabe) o meu pai teve que pagar 500 pesetas por cabeça (para sorte dele éramos só os dois) para ver uma vista! Era espectacular, mas não estava habituado a pagar para ir a um miradouro. A verdade é que o meu pai pagou porque quis. Se ao lado houvesse maneira de ver a mesma vista, mesmo que fosse de um ângulo pior, mas de graça, ou mesmo a metade do preço, por exemplo, teríamos mais escolha.
Da mesma forma, se os bancos decidirem cobrar esse serviço que já prestam, teremos aberta uma saudável guerra concorrêncial que beneficia o consumidor, a não ser que os bancos façam panelinha, o que é ilegal.

quinta-feira, março 02, 2006

Fascismo!

A bondade fascista do PCP...

O progresso...

O progresso quis o comboio metropolitano, para melhorar e encurtar a viagem que os utentes da área tem que fazer para os empregos, reuniões várias ou em simples passeio a uma qualquer ou rua centro comercial da cidade do Porto, ou no sentido contrário (o meu caso). Ao que parece, e segundo um estudo lançado pela Comissão de Utentes da Linha da Póvoa (CULP), o percurso terá um "acréscimo de 18 minutos na viagem Póvoa-Porto (Trindade), sendo um total de 71minutos contra os antigos 53 minutos feitos pelos comboios da CP", não sendo um grande melhoramento, parece-me. A culpa atira-se para o aumento de estações, de 13 para 27, obrigando a uma redução da velocidade do comboio em relação às anteriores composições da CP.
Acresce a isto um aumento nos preços, que chega a ser de 92% no caso dos passes de estudante.
É o progresso... Vamos poluir menos. Youpiiiiiiiii!
Com tanto dinheiro e disponibilidade para estudos neste nosso Portugal, ninguém previu isto ou (já agora) pensou noutras soluções?