Uns meninos querem aulas de educação sexual. Aqueles que as reinvindicam abertamente já a devem ter toda, já que os outros devem ter vergonha (infelizmente) de falar disso. Os pais também devem estar loucos para lavar as mãos da educação dos filhos, passando a batata quente a estranhos, que podem ter um conceito de relação sexual ou de permissividade moral diferente dos próprios. Venham depois reclamar que o professor tal ensinou a filhinha a ver o sexo como um acto quotidiano, sem interesse na escolha do parceiro, em prol do bem estar social entre os seus colegas... Por exemplo!...
Outros, mais velhinhos, disparam contra o processo de Bolonha. Quanto a isso, só tenho uma queixa: ainda não?! Já vem tarde!
Preferem, esses jovens, as licenciaturas estanques que os atiram automaticamente a uma categoria laboral. Interessa-lhes a categorização fechada imposta pelos os outros, em vez da educação pessoal e única. Em Portugal ainda queremos um curso superior para arranjar emprego, em vez de querer ganhar formação pessoal com o emprego desejado em vista.
É assim que se vêem estudantes universitários que não sabem sequer que existe um mundo de conhecimento além do memorizado para os exames.
Imaginemos um estudante de engenharia, que escolheu as cadeiras que o especializam na construção de estradas, por exemplo, e que ao longo do curso fez duas ou três cadeiras de ecologia, ou outras áreas ambientais, simplesmente porque lhe dá prazer. Seria, no meu entender e em princípio, a melhor escolha para projectar uma estrada numa zona de especial melindre ambiental. Teria, até, maior facilidade em conversar com os defensores e estudiosos do ecossistema em questão.
Mas são os próprios estudantes que parecem querer continuar a formar-se como blocos de cimento, imutáveis e saídos de uma forma comum.
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