Novo post, para tirar partido também do outro diário Madeirense, o contrário à situação, o Diário de Notícias da Madeira.
Ao menos neste, temos opiniões contrárias, umas inteligentes, outras próprias de miúdos de doze anos (e mesmo assim, temo ser ofensivo para com as crianças). É preciso fazer um registo para os ler, mas não se perde mais que um minuto nisso.
Temos o jovem André Sá, que se indignou: "Excelentíssimos senhores chineses, indianos e eleitores, venho por este meio pedir as minhas sinceras desculpas pelos comentários pouco felizes do meu Presidente do Governo Regional." e continuou, mais à frente, escrevendo "O senhor Presidente esquece-se que nós vivemos à custa do turismo, e que tais atitudes podem prejudicar a economia da nossa maravilhosa ilha, visto que imensas pessoas não gostam de tal tipo de preconceitos (racistas e xenófobos), numa altura em que lutamos contra o racismo e a favor da igualdade.". A partir daqui perde-se um pouquinho.
Mas, com opinião contrária, temos o Nuno Morna: "Sou daqueles, ao que parece poucos, que perceberam o que Alberto João Jardim quis dizer em Santana. Todas as coisas têm o seu contexto e é dentro deste que devem ser lidas e entendidas. Claro que a alguma comunicação social dá muito jeito, por vezes, “montar” as peças como mais “oportuno”. Vende jornais, põe o país em polvorosa, acicata o “inimigo de estimação”. Fique desde já claro que também eu aqui não quero “chineses” e “indianos”. Não os “chineses” e os “indianos” per si, como pessoas, que fogem dos seus países em busca de uma vida digna e consentânea com a dignidade humana. Não os “chineses” e os “indianos” que aqui trabalham e vivem integrados numa sociedade que os deve bem acolher. Eu não quero aqui os “chineses” e “indianos” da globalização de mercados que colocam no nosso país produtos de má qualidade e a preços que não têm concorrência. Eu não quero aqui os produtos “chineses” e “indianos” que são o resultado de uma verdadeira escravatura laboral, onde os trabalhadores não têm direito a segurança social, recebem salários miseráveis, não têm direito à livre associação sindical, e que por força de tudo isto podem apresentar-se a preços imbatíveis face à produção de qualquer país livre e democrático respeitador dos direitos humanos. Eu não quero aqui o embaixador “chinês” que representa uma das mais sanguinárias ditaduras que ainda persistem nos nossos dias.". Daqui em diante descreve os regimes pouco sociais de Chineses e Indianos, que aumentariam ainda mais o comprimento desta citação.
Se quiserem rir às custas de alguém que escreve com muita raiva e pouco intelecto, leiam o texto do excitado Pedro Mendes... Fez-me lembrar alguns comentários anónimos que brotam de vez em quando no Strix aluco, com muita pena minha.
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