Hoje em dia ensina-se às nossas crianças que tolerar é aceitar aquilo de que não gostamos nos outros. Não temos que aceitar nada que não queremos o não gostamos nos outros, por mais infundada ou estapafúrdia seja a razão. Tolerar é não interferir negativamente na vida alheia, por mais repugnante que nos seja o hábito, o credo, a ideologia, a estupidez ou outra coisa qualquer, incluindo uma característica física.
Se um indivíduo odeia pessoas que coçam a virilha, tem todo o direito a fazê-lo, e ser-lhes-á tolerante enquanto não pretender bani-los da sociedade. Terá sempre o direito a banir esse hábito da sua casa. Nesse caso mantém a sua intolerância em casa, fazendo uso da tolerância fora dela.
Ser tolerante também é admitir que os outros possam ser intolerantes em relação a nós. Desde que não interfiram com a minha liberdade de continuar a fazer, dizer ou ser aquilo que tanto os chateia, eu tolero-lhes a intolerância.
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