sábado, setembro 06, 2008

A igualdade entre os homens (continuação)


As pressões sociais (é comum classificar-se um vizinho que tem um pouco mais de sucesso de malandro ou aldrabão, quando não se usam termos piores) são alimentadas pelas invejas inerentes à natureza humana e pela retórica socialista, que em vez de tentar convencer o invejoso a converter esse sentimento negativo em ambição de fazer melhor, convence a população de que devem entregar toda a sua ambição ao bem comum. Existe uma cultura quase religiosa de que quem tem sucesso, o obtém através da exploração do próximo.
Mas esta igualdade de nivelamento forçado já se infiltrou nas nossas leis fundamentais. O politicamente correcto, que é o argumento mais usado para justificar a censura, assim obriga. Assim temos leis que dão mais direitos a certos grupos que a outros, com base em género, raça, inclinação sexual ou outra qualquer desculpa para reinvindicar discriminação positiva de tratamento. E falo do tratamento por parte das instituições estatais, que são as únicas que devem ser obrigadas a tratar todos os cidadãos por igual. Mas o que acontece com estas leis de equilíbrio forçado, é que os cidadãos do sexo masculino que fazem parte das maiorias raciais e não se desviam do padrão em termos de inclinação sexual, são negativamente discriminados em relação a todos os outros. Isto não é igualdade perante o estado. Há uns mais iguais que os outros, e sempre que se discrimina positivamente alguém em relação a outro, estamos a discriminar negativamente este último.
E mais ainda: estas leis não se limitam a criar discriminação por parte do estado. Elas obrigam também os privados às mesmas práticas desiguais. Os privados, que nem deviam ser obrigados a ser politicamente correctos pelo estado. Pressão social, através de pressão económica por parte da clientela, é uma coisa. Agora, retirar o direito a um privado de ser um idiota já é demais.
Igualdade entre os homens significa que não me podem impedir de ter acesso à vida em todas as opções que eu possa tomar por iniciativa própria, desde que as minhas opções não interfiram directamente com a mesma liberdade nos outros. Igualdade entre os homens não significa que se eu trabalhei para comprar um chapéu, tenha que partilhar o meu chapéu com o meu vizinho. Fá-lo-ei, se assim desejar.

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