segunda-feira, julho 31, 2006

Cursos e vocações

É este o título de um artigo que escrevi para a secção de opinião do jornal vilacondense Terras do Ave. Detectei dois erros logo a abrir... Uma falta de uma letra no fim de uma palavra, perfeitamente explicável por uma falha no teclado, e outra uma troca de letras, talvez por ter reescrito parte da frase e não ter verificado de novo a sua construção... Entristeço-me quando isto acontece.
Sou o meu mais feroz crítico.

Solidariedade

Se o cidadão paga impostos no princípio da responsabilidade social do Estado, o cidadão deixa de se sentir responsável pelas dificuldades alheias. Já deu, e obrigado, sem responsabilização social do indivíduo. Se o Estado abdicasse dessa faceta social tão forte, e se dedicasse, nesse sentido, só aos casos de maior emergência, o cidadão teria maior disponibilidade monetária e social para se responsabilizar pela ajuda ao vizinho.
O Estado social mata a solidariedade.
Visto do ponto de vista do receptor de solidariedade, se esta vier do Estado, este não fez mais que a sua obrigação, pelo que deve continuar a fazê-lo, e o cidadão não sente a responsabilidade de retribuir de alguma forma. Acomoda-se. Se a solidariedade vier do seu vizinho, o beneficiado vai sentir-se obrigado a retribuir (a não ser que seja um verdadeiro sem vergonha), esforçando-se para melhorar a sua condição.
O Estado social mata a produtividade.

A minha teoria da conspiração

Então não é que os israelitas acertam sempre em civis? E até é lógico que haja civis nos locais de onde são lançados os rockets do Partido de Deus, porque se os israelitas fazem pontaria para os civis, decerto que não apontam para o sítio de onde saiu um katyusha, ainda há uma hora atrás. Aliás, não é de acreditar que os israelitas queiram acertar nos terroristas, pois têm ordens expressas do Bush (esse demónio de poderes e inteligência sobrenaturais, a acreditar na quantidade de conspirações de que é acusado) para deixar os terroristas correrem livres, para justificar as suas guerras.
Não acredito, como dizem os filhos de David, que o Hezzbollah dispare um ou dois rockets do meio de um bairro civil e retire a rampa móvel dali, e depois impeça as pessoas de lá saírem, para os usar como escudos humanos, e as suas mortes como armas de arremesso na opinião pública. Até começo a duvidar que estes bem intencionados homens que tentam governar um país, apesar do seu governo democraticamente eleito (o que é a vontade popular em relação À vontade de Deus de que eles são os mensageiros e efectores neste mundo), alguma vez empunharam uma arma, seja uma AK-47, ou um katyusha. Suspeito que os israelitas se bombardeiem a si mesmos, arranjando desculpas para apontar a sua tecnologia bélica de ponta a todos os civis não judeus da zona.
(Confesso que, inspirado pelo medo de ser vítima de um atentado terrorista mais pessoal, estou a pensar converter-me ao Islão. Por isso vou treinando a minha consciência para evitar o crimethink* à luz do islamismo radical)
*Referência à newspeak*, língua que Orwell inventou para o seu "1984". Descreve todo e qualquer pensamento que não esteja na linha do Ingsoc*, mas neste caso referia-me aos líderes religiosos radicais.

sexta-feira, julho 28, 2006

Intenção

Não sou um rebelde. Nunca fui. Sigo lenta e descontraidamente as modas, sem seguir acrítica e cegamente as revistas e programas de televisão. Também não me visto a despropósito em declaração de diferença. A minha maior rebeldia de adolescência foi deixar crescer o cabelo até meio das costas, aos dezoito anos (cortei-o no dia 18 de Fevereiro de 1995 e nunca recuperei totalmente).
Mesmo assim, quero rebelar-me. Quero questionar a normalização que hoje me impõe a sociedade. Não pretendo, nem defendo, que se contrarie tudo o que a mente colectiva nos impinge, mas talvez devamos questionar tudo como um adolescente. Impingem-me cheiros, visuais, saúde e ideais, e raramente um é justificável sem o outro, especialmente os ideais que podem não ser os meus. É quase como responder à pergunta porquê?, dizendo que o Big Brother sabe o que é melhor para ti.
Todos temos uma vontade própria da qual não devemos abdicar, como um sacrifício em favor da normalização que grassa nas sociedades amodernadas, onde o pensador independente é ostracizado como louco, teimoso, ou simplesmente mal intencionado. As coisas vão correr mal se eu for por este ou aquele caminho? Talvez. Mas pretendo descobrir por mim, assumindo a responsabilidade pela escolha.
Nunca me puseram num daqueles aparelhos com rodinhas que asseguram a verticalidade dos infantes enquanto estes fingem que caminham, e não é agora, na viragem dos trinta, que me vou sujeitar a tal maquineta, mesmo que figurativamente. Aprendi a andar porque caí, aprendi a correr porque esfolei mãos e joelhos. Foi de cabeça aberta, e à base de muito sangrar, que aprendi a dominar a minha BMX nos saltos e outras habilidades do género. Foi por uma cicatriz que ainda hoje tem a área do meu polegar que desisti de andar de skate, especialmente em cima de folha de zinco. Subi a árvores e caí delas abaixo, muitas vezes com passagem pelos ramos mais baixos, e curei as feridas à base de cuspidela. (Garanto que em toda a minha vida só parti um osso, uma falangeta de um dedo do pé esquerdo, numa piscina vigiada)
Há coisas que só se aprendem por tentativa e erro, mas a institucional normalização que hoje nos querem impôr, tem por objectivo eliminar o erro, evitando-o, e não corrigindo-o. É eliminar a aprendizagem. E isso torna o indivíduo dependente daqueles que decidem o que é seguro, ou até moralmente correcto. No fundo, é a preguiça mental, o conforto de não ter que tomar uma decisão e assumir responsabilidades pela mesma, que nos leva a abdicar da liberdade individual.
Eu, que sempre falei mais do que fiz, e que deixei que a vida me conduzisse, mais ou menos normalizada por outrém, pretendo mudar o meu status quo. Pretendo responsabilizar-me pelas minhas escolhas, assumir os meus erros. E, já agora, gostaria que o Estado e a sociedade não se metessem, a não ser para me pedir responsabilidades se alguma das minhas escolhas prejudicar, aberta e inequivocamente, a liberdade de outro indivíduo.

terça-feira, julho 25, 2006

Podia fazer-se de outra maneira

Quando vi hoje no telejornal da RTP, o José Rodrigues de Carvalho, que ia acompanhado de um polícia libanês (para quem tem alguma dúvida, um representante da autoridade daquele país), ser expulso de um bairro de Beirute por um jovem identificado como sendo do Partido de Deus, e o polícia nem tugiu e pôs-se em andamento, as minhas certezas confirmaram-se: Israel ataca solo libanês, mas não ataca o Estado libanês.
Está mais que demonstrado que o Hizzbollah é um cancro no seio daquele Estado. O próprio governo libanês teria todo o interesse em ajudar os Israelitas a aniquililar aquela organização, forçando (politicamente falando) Israel a limitar os bombardeamentos.

Elucidemo-nos

Uma viatura bate de frente contra o pára-choques traseiro de um outro automóvel. Uma senhora viu tudo e diz, num assomo de espanto:
_ Ai!, que você bateu no carro!
O condutor da viatura cuja traseira foi vitimizada aproveita e pergunta, esperançoso:
_ Dá-me o seu contacto, caso precise de uma testemunha?
_ Ai!, senhor. Eu não vi nada!
(Simplificação de ocorrências reais)

Ele há destas coisas...

Os assuntos não são da responsabilidade dos dirigentes camarários, logo, são menores. É justo...

segunda-feira, julho 24, 2006

Desafio

Alguém me pode dizer como combater o terrorismo? E agradeço que não me venham com negativas; eu quero saber como resolver, e não como não resolver. Obrigado.

domingo, julho 23, 2006

Sugestão

Multar todos quantos forem apanhados com peso a mais. Porque, como todos sabem, o peso a mais pode provocar uma pouco modesta quantia de doenças, e isso provoca uma sobrecarga no serviço nacional de saúde, para além dos óbvios inconvenientes para o próprio anafado.

sábado, julho 22, 2006

Já cá estou

Cheguei esta madrugada ao pedaço de terra que o Atlântico não consegue engolir. Trouxe-me um avião carregado de barulhentos turistas nacionais, daqueles que aplaudem sempre o piloto, mesmo quando este faz uma desconfortável e exagerada travagem, para que a aeronave fique bem colada ao solo. Exagerada porque só faltava entrar directamente na "zona de taxi" (não sei é assim que se chama o parque de estacionamento dos aviões) em derrapagem... Tive vontade de ir lá à frente perguntar ao impaciente comandante de que serviu aumentar a pista, se ele só usa metade.
E lá estavam os turistas que só queriam saber de ligar os telemóveis com o avião ainda a travar (talvez antecipando um rápido último adeus), de sorriso nervoso, a aplaudir a fabulosa aterragem na pista de aeromodelismo que existe no imaginário nacional em vez da renovada e aumentada pista do Aeroporto Internacional do Funchal.
Lá estavam eles, ignorando as estéticas luzinhas que em vão advertem para que se mantenham sentados e de cinto posto enquanto o avião estiver em movimento. E numa curva mais brusca, ou no último movimento do aparelho nesta viagem, desequilibram-se, de cu contra a cara de quem se deixou ficar sentado, e pedem desculpas. Sentados, e de cinto, não teriam razões para pedir desculpas. Até me sinto mal, agora, porque desejei que o piloto travasse a fundo naquela altura (e não antes), a ver se iam uns quantos ter com ele.
Como se não bastasse, cheguei à sala das cintas das bagagens quinze minutos antes da dita que nos estava destinada começar, sequer, a funcionar. Enquanto as pessoas esperam que os delicados bagageiros façam o seu serviço, a ANA podia fazer passar entretenimento pelas correias. Podiam fazer circular desde palhaços que divertissem as crianças de pulmões inflamados ou servissem de bode expiatório para os mais frustrados, ou umas jeitosas em biquini que discursariam com eloquência sobre as maravilhas da Região Autónoma (o que me acalmaria bastante, estou certo).
Mas o que interessa nesta ladaínha que por aqui derramo, é que estou aqui. Estou de volta ao ponto no mar onde nasci.
(Corrigi, envergonhado e de espírito irritado com minha humanidade, os erros que o caro amigo Aves Raras descobriu neste texto. Quanto ao igualmente grosseiro erro ortográfico preso no meu comentário, nada posso fazer. E a minha alma chora por isso.)

quinta-feira, julho 20, 2006

Só pode ser piada...

Recentemente critiquei Cristiano Ronaldo pelo seu flagrante desrespeito pelo protocolo. Não restarão dúvidas, portanto, da minha posição em relação à imagem de respeito que se deve dar em certas ocasiões ou locais. Daí a obrigar os outros, senhor Miguel Mendonça, vai um bocado.
Sendo assim, talvez devessem ter suspendido as condecorações ao futebolista por este se apresentar de T-shirt, calças de ganga e sapatilhas.

segunda-feira, julho 17, 2006

Visão alheia

Apesar de não ser da minha autoria, não posso deixar de concordar com esta visão do AMN no A Arte da Fuga, acerca do conflito no Médio Oriente.

sexta-feira, julho 14, 2006

A imagem também conta

"Um ilustre cidadão de Santo António" é o título com que o Jornal da Madeira descreve a recepção a Cristiano Ronaldo na Câmara Municipal do Funchal. Vendo as imagens do acontecimento, tanto na televisão como na foto que acompanha aquele título, uma coisa saltou-me à vista: o menino da Quinta Falcão não é pródigo em protocolo. Aparece numa cerimónia oficial de calças de ganga e numa T-shirt de marca, demasiado metrossexual para meu gosto (e isto é só o meu gosto, que não quero impôr). Estou a imaginá-lo no seu próprio casamento de camisola caveada por baixo de um fato de marca, e sapatilhas de em vários tons de rosa fluorescente.
Esta é a prova de que o dinheiro não traz educação. É uma questão de vontade.

quinta-feira, julho 13, 2006

Médio oriente

Que a reacção Israelita é exagerada, não discuto. Que é justificada, não sei, não estou lá. Que Israel quer ter certeza de que está seguro, não duvido. Suspeito, até, que só vão parar quando as instalações de enriquecimento de urâneo do Irão estiverem em escombros. A ver se conseguem sem matar muita gente, ao menos.

E assim vamos

Se o português e a matemática já são assim tão "difíceis" no nono ano, imagine-se quando alguns deles forem para o ensino superior...

Esclarecimento a pedido

Nos comentários deste post anterior, onde me expliquei mal para uns, e outros resolveram usar de alguma desonestidade intelectual, fingindo ver coisas onde não as havia, foi-me pedido um esclarecimento. Como não gosto deixar as pessoas sem perceber aquilo que digo, ou escrevo, acedi em esclarecer (espero eu) em comentário. Mas penso que a explicação será melhor dada aqui (lembrando sempre que se alguém quiser perceber melhor esta explicação terá que ler os comentários àquele post): "Os caixotes do lixo na praia, por exemplo: não acho que sejam especialmente necessários, mas uma mais valia importante. A única coisa que exijo do estado (e tudo o resto gostaria de poder recusar, ou pelo menos ter essa escolha), é que defenda a minha liberdade e os meus direitos. Ora proibir-me de ir para a água por que alguém acha que eu me posso afogar, ou que posso apanhar uma irritação na pele (por exemplo) é uma intrusão na minha área de responsabilidade: eu. A questão que o ZP levantou, dos semáforos e das regras de trânsito é muito diferente, porque se trata de regulamentação que defende o meu direito a usufruir de um tráfego rodoviário mais eficiente (que nem sempre acontece)."
P.S.: Onde escrevi regulamentação talvez devesse ter escrito regulação.

A moral de Zizou

Pede desculpa pelo mau exemplo, mas não se arrepende. Compreendo o ser humano que se sente melindrado com este ou aquele insulto, mas se alguém com quem não tenho nenhuma relação, de amizade ou inimizade, o insulto não passa do ouvido. É uma questão de elevação, que Zidane provou não ter.

quarta-feira, julho 12, 2006

Imoral!

Sempre que ouço deputados do PCP ou do BE falar de impostos, fico sempre com a impressão de que o lucro é imoral, algo de negativo a evitar pelas pessoas de bem.
Se calhar sou má pessoa, mas acredito que o lucro pode ser legal ou ilegal.

Caro Primeiro Ministro de Portugal

As reformas são necessárias, ou é necessário fazê-las. Nunca, como disse no seu discurso (lido!), "reformas necessárias fazer". Exemplos superiores.
(Sou um chato, não sou?)

terça-feira, julho 11, 2006

Responsabilidade adquirida

Se o Estado for sempre responsável por minha vez, eu serei sempre irresponsável por defeito. Se o Estado me permitir, ou até incentivar, que eu me responsabilize por mim, passo só a exigir ao estado que informe, e que me proteja a liberdade de escolha.

Não posso escolher?

Em plena época de praia, somos inundados de polémicas e de queixas acerca da qualidade das praias nacionais. Até se interditam praias a banhos, como aconteceu recentemente a uma praia Vilacondense. Coliformes fecais, dizem eles...
E eu pergunto-me: porque é que se interdita? Não terá o veraneante maturidade suficiente para decidir por si? Afixa-se um aviso nas praias em questão, e nós, os "irresponsáveis" cidadãos deste país, decidimos o que fazer.

segunda-feira, julho 10, 2006

Sugestão

Vamos lá depressa a construir uma central nuclear, e apresentar um projecto de uma instalação militar lá perto. Pode ser que comecem a cahar que nos vamos armar com ogivas nucleares, e podemos negociar condições favoráveis...! Um governo com evidente mestria na arte da propaganda, já temos.

domingo, julho 09, 2006

Água e azeite

Distribuição de riqueza, por troca com a sujeição a regras e controlos pesados, abdicando de alguma liberdade individual. O mérito tem pouca importância já que todos somos iguais, e assumir que uns são melhores que outros é imoral.
Assumir a responsabilidade individual de cada um, sob condições iguais de oportunidade perante uma lei leve e pouco intrusiva. O mérito separa aqueles que querem fazer mais, daqueles que se contentam.
Apesar de um pouco redutoras e pouco explicativas, estas definições representam a escolha que faço todos os dias em termos políticos e intelectuais. Acredito cada vez mais que a segunda é mais justa.

sexta-feira, julho 07, 2006

Eu explico...

Para que os farmacêuticos que eventualmente leiam este blogue não me classifiquem precipitadamente como um ogre que só lhes quer mal, como sei que já acontece, explicar-me-ei melhor.
Eu acho que deve haver pelo menos um farmacêutico em cada farmácia, mas não cabe ao estado obrigar a que assim seja. Devem ser as leis de mercado. Se na minha rua houvesse duas farmácias, uma que empregasse um farmacêutico por turno, e a outra dispensava o diploma nos seus empregados. Era possível que alguns produtos, aqueles de preço livre, se tornassem mais baratos na farmácia em que a mão de obra sai mais barata, por poder pagar menos que o salário mínimo de licenciado aos seus empregados. Se precisasse de um fármaco que já use, e que não me suscite qualquer dúvida, eu escolheria o preço mais baixo. Mas se precisasse de fazer algumas perguntas, não tenho dúvida nenhuma de que escolheria a farmácia com o licenciado lá dentro.
Também posso pôr as coisas de outra forma: fosse eu dono de uma farmácia, queria um ou dois farmacêuticos lá dentro para garantir alguma segurança e qualidade aos meus clientes.
Dirão alguns: mas nem toda a gente se informa acerca de quem o atende, que as pessoas são ignorantes e precisam que as protejamos, etc. Já pensaram no avesso? Que as pessoas se deixam ficar ignorantes porque o estado as protege?
Se a mãe águia trouxer comida à sua cria durante toda a sua vida, Algum dia a pequena águia aprenderá sequer a voar? Pensem nisso.

Foi um fogacho, uma ilusão

Quando discutia com uma amiga a protecção estatal, cheguei a ver uma luz. Dizia-me ela que concordava que o estado era demasiado paternalista, e que devemos ter a liberdade de fazer a escolha errada. Como na mesa estava um farmacêutico (que foi quem me informou da existência daquela cadeira de Farmácia Clínica), usavam-se as farmácias como exemplo. Dizia-me ela que a farmácia não tinha que ser propriedade de um licenciado em farmácia, mas (e aqui é que me senti frustado na minha tentativa de a convencer) que o estado deve obrigar o proprietário a ter lá um. Eu disse-lhe que isso era paternalismo estatal, que era o "bem comum" em acção. Respondeu-me que não. Que era para o meu próprio bem, privado, e não para o bem comum... Ah...!
Conclusão: sou ignorante e imaturo, e preciso que tomem conta de mim.

quinta-feira, julho 06, 2006

Não sabia. Fiquei a saber

Descobri, ontem, que na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto é leccionada a cadeira de "Farmácia Clínica". É uma cadeira de atendimento ao balcão, com balcão de farmácia simulado e tudo!
Mas não é por isso que as farmácias devem estar legalmente obrigadas a ter um farmacêutico presente.

terça-feira, julho 04, 2006

CGTP quer mais desemprego

Para sugerir mais um imposto sobre as já sobrecarregadas empresas portuguesas, a CGTP só pode estar a ver se aumenta o número de falências e despedimentos colectivos no país. Isto para não falar da inibição nas novas contratações que tal medida traria, já que quantos mais empregados, maior seria o peso daquela contribuição...
Os sindicatos portugueses estão realmente vocacionados para o entrave da economia nacional.

Miss Madeira

Vejam aqui as candidatas a Miss Madeira... Há mulheres mais bonitas que estas no meu arquipélago!
De assinalar a presença entre as candidatas desta edição das duas irmãs Beskorovanya, a Inês e a Diana. Deduzo que sejam irmãs, não só pelos olhos muito claros e os cabelos loiros, mas também pelo nome de família, que apesar de típico da região, não assim tão comum.

Cristiano Ronaldo visto por Alberto João

Se não fosse pelo Cristiano, o Ricardo não teria defendido três penalties... Já que para AJJ, se fosse pelo miúdo madeirense, Portugal não teria passado à meia-final do mundial de futebol.
Não sei como é que o Ronaldo madeirense o conseguiu, mas o Ricardo também ainda não percebeu.

Continuando...

E a Câmara Municipal do Porto é obrigada a dar subsídios? E há regras na lei nacional para o fazer? Se não, a CMP tem todo o direito a distribuí-los por quem quiser, com as condições que entender.
Continuo a dizer que a questão dos subsídios deve ser discutida neste caso. Se não houvesse subsídio-dependência, a questão que agora se põe não existiria.

segunda-feira, julho 03, 2006

E isto... é?

Responderei ao meu amigo ZP também em post:
Por alturas do 25 de Abril deste ano, escrevi um texto sobre a ocasião e as suas consequÊncias actuais, em que digo mal de alguns dos revolucionários de Abril. Mandei-o para um dos dois maiores diários madeirenses, no caso o de orientação de oposição ao actual governo da região. É um jornal onde os representantes da esquerda madeirense, principalmente os dos partidos mais pequenos, se divertem a dizer mal do PSD/M, algumas vezes com razão, outras nem por isso.
Já tinha visto alguns textos meus publicados nesse diário, na secção das cartas do leitor, onde a selecção de textos me parece baixa, pois está cheia de textos mal escritos e mal amanhados. Mas no caso daquele texto, houve uma selecção mais apurada: não foi publicado. Em vez dele apareceram alguns textos de louvor à data comemorada, ou de insulto ao PSD/M por não a comemorar oficialmente no Parlamento Regional.
Precavido, e orgulhoso do que tinha escrito (desculpar-me-ão a vaidade), tinha enviado uma versão maior desse texto para um jornal quinzenal de Vila do Conde, o Terras do Ave, onde também já foram publicados textos meus, com uma orientação de oposição ao poder naquele município, ali do PS.
Foi publicado, na secção de política (tinha-o mandado com intenção de o ver na secção de opinião).
Será que o Diário de Notícias da Madeira me assaltou a liberdade de expressão? Não. A sua orientação editorial não é compativel com a mensagem que eu queria fazer passar, logo, é lógico que não publiquem o que escrevi. Mas publiquei-o na mesma, para um público diferente é certo, tanto na geografia como na ideologia (e aposto que muitos dos que leram aquele texto no Terras do Ave não gostaram da minha opinião).
Ninguém me impediu de expressar a minha opinião.
Se eu negasse o holocausto na Alemanha, por exemplo, seria preso. Isto sim, é um atentado à liberdade de expressão.
Que a CMP quer comprar a simpatia de algumas entidades com voz pública, não duvido. Mas não obriga ninguém a aceitar os subsídios, ou obriga? Se alguém por aí disser que sem subsídios, algumas dessas entidades não sobrevivem, eu direi "que morram". Não têm condições de existir, não existem.
Está visto que se não houvesse subsídios, não havia meio de comprar simpatias... ;)

domingo, julho 02, 2006

Informei-me, mas não mudei de opinião

Desafiado por um amigo, o ZP, senti-me obrigado a falar sobre um assunto de que só sabia algo de ouvido. O ZP, ciente de algumas das minhas convicções e daquilo que mais discuto, tanto neste blogue como frente a frente, comentou o post anterior da seguinte forma: "Só estranho é não comentares a decisão do Rui Rio em apenas dar subsídios a quem não disser mal da Câmara e querer que quem já disse que se retrate se não não vai receber nada do que já estava acordado..." e "Só pensei que alguém que defende tanto a liberdade de expressão, que diz mal da nossa Constituição por não a promover, não encontre paralelismos entre esta "compra do silêncio" e esses outros atentados contra esta liberdade..."
Como o que me tinha chegado aos ouvidos era que, através de uma empresa municipal, a CMP pretendia patrocinar um jornal, com a condição de não publicar nada que seja ofensivo para o município portuense, dei a resposta que dei.
Não retiro uma palavra ao que defendo na última resposta, mas admito que não estava verdadeiramente informado sobre o assunto acessório à ideia que lá defendo, mas o coração do assunto proposto pelo ZP.
Defendo, simplesmente, que não é um atentado à liberdade de expressão uma entidade atribuir um patrocínio a um meio de comunicação social, sob a condição de ser bem retratada, ou pelo menos não ser injuriada. Desde que se saibam as regras, ambas as partes têm que assinar o contrato, e fá-lo-ão de livre e expontânea vontade.
Informei-me (fui ao site da CMP, mais propriamente a esta página), e descobri que realmente se trata de uma política de subsídios (contra os quais, quem lê atentamente este blogue saberá, eu sempre me insurjo), em cujos acordos a CMP quer incluir uma cláusula que alerte as entidades financiadas para um "dever de cortesia política e cívica, evitando que a mesma instituição possa vir para a praça pública hostilizar a autarquia precisamente numa iniciativa que está a ser subsidiada ou apoiada pela Câmara do Porto.". E o comunicado continua, e explica no ponto 4:"Daqui não se infere que essa mesma instituição não possa expressar livremente o seu pensamento ou avaliação sobre o desempenho do Executivo municipal relativamente a todas as outras matérias - ou seja, não faz qualquer sentido, por exemplo, a Junta Metropolitana do Porto assinar um protocolo de colaboração com o Ministério da Administração Interna para a criação do «Táxi Seguro», como irá acontecer dentro de dias, e no momento seguinte criticar a iniciativa e o próprio Ministro. No entanto, isto não deverá inibir a mesma JMP de, no dia seguinte, poder criticar o Ministério da Administração Interna em relação a qualquer outro assunto."
A CMP pede, no que eu percebo, que as entidades por ela subsidiadas (e não só a jornais e coisas do género), que sejam coerentes com a sua condição de subsidiados. Se não querem seguir estas linhas mestras, ninguém proíbe que existam fora da asa do subsídio. Isso sim, seria um atentado à liberdade de expressão.
Já agora, porque é que essas entidades têm que ser subsidiadas? Se não existe vontade privada para que existam (donativos privados), ou não apresentam produto comercialmente rentável, não existe razão para que existam.