segunda-feira, julho 31, 2006

Solidariedade

Se o cidadão paga impostos no princípio da responsabilidade social do Estado, o cidadão deixa de se sentir responsável pelas dificuldades alheias. Já deu, e obrigado, sem responsabilização social do indivíduo. Se o Estado abdicasse dessa faceta social tão forte, e se dedicasse, nesse sentido, só aos casos de maior emergência, o cidadão teria maior disponibilidade monetária e social para se responsabilizar pela ajuda ao vizinho.
O Estado social mata a solidariedade.
Visto do ponto de vista do receptor de solidariedade, se esta vier do Estado, este não fez mais que a sua obrigação, pelo que deve continuar a fazê-lo, e o cidadão não sente a responsabilidade de retribuir de alguma forma. Acomoda-se. Se a solidariedade vier do seu vizinho, o beneficiado vai sentir-se obrigado a retribuir (a não ser que seja um verdadeiro sem vergonha), esforçando-se para melhorar a sua condição.
O Estado social mata a produtividade.

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