sexta-feira, julho 07, 2006

Eu explico...

Para que os farmacêuticos que eventualmente leiam este blogue não me classifiquem precipitadamente como um ogre que só lhes quer mal, como sei que já acontece, explicar-me-ei melhor.
Eu acho que deve haver pelo menos um farmacêutico em cada farmácia, mas não cabe ao estado obrigar a que assim seja. Devem ser as leis de mercado. Se na minha rua houvesse duas farmácias, uma que empregasse um farmacêutico por turno, e a outra dispensava o diploma nos seus empregados. Era possível que alguns produtos, aqueles de preço livre, se tornassem mais baratos na farmácia em que a mão de obra sai mais barata, por poder pagar menos que o salário mínimo de licenciado aos seus empregados. Se precisasse de um fármaco que já use, e que não me suscite qualquer dúvida, eu escolheria o preço mais baixo. Mas se precisasse de fazer algumas perguntas, não tenho dúvida nenhuma de que escolheria a farmácia com o licenciado lá dentro.
Também posso pôr as coisas de outra forma: fosse eu dono de uma farmácia, queria um ou dois farmacêuticos lá dentro para garantir alguma segurança e qualidade aos meus clientes.
Dirão alguns: mas nem toda a gente se informa acerca de quem o atende, que as pessoas são ignorantes e precisam que as protejamos, etc. Já pensaram no avesso? Que as pessoas se deixam ficar ignorantes porque o estado as protege?
Se a mãe águia trouxer comida à sua cria durante toda a sua vida, Algum dia a pequena águia aprenderá sequer a voar? Pensem nisso.

Sem comentários: