Para que os farmacêuticos que eventualmente leiam este blogue não me classifiquem precipitadamente como um ogre que só lhes quer mal, como sei que já acontece, explicar-me-ei melhor.
Eu acho que deve haver pelo menos um farmacêutico em cada farmácia, mas não cabe ao estado obrigar a que assim seja. Devem ser as leis de mercado. Se na minha rua houvesse duas farmácias, uma que empregasse um farmacêutico por turno, e a outra dispensava o diploma nos seus empregados. Era possível que alguns produtos, aqueles de preço livre, se tornassem mais baratos na farmácia em que a mão de obra sai mais barata, por poder pagar menos que o salário mínimo de licenciado aos seus empregados. Se precisasse de um fármaco que já use, e que não me suscite qualquer dúvida, eu escolheria o preço mais baixo. Mas se precisasse de fazer algumas perguntas, não tenho dúvida nenhuma de que escolheria a farmácia com o licenciado lá dentro.
Também posso pôr as coisas de outra forma: fosse eu dono de uma farmácia, queria um ou dois farmacêuticos lá dentro para garantir alguma segurança e qualidade aos meus clientes.
Dirão alguns: mas nem toda a gente se informa acerca de quem o atende, que as pessoas são ignorantes e precisam que as protejamos, etc. Já pensaram no avesso? Que as pessoas se deixam ficar ignorantes porque o estado as protege?
Se a mãe águia trouxer comida à sua cria durante toda a sua vida, Algum dia a pequena águia aprenderá sequer a voar? Pensem nisso.
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