Responderei ao meu amigo ZP também em post:
Por alturas do 25 de Abril deste ano, escrevi um texto sobre a ocasião e as suas consequÊncias actuais, em que digo mal de alguns dos revolucionários de Abril. Mandei-o para um dos dois maiores diários madeirenses, no caso o de orientação de oposição ao actual governo da região. É um jornal onde os representantes da esquerda madeirense, principalmente os dos partidos mais pequenos, se divertem a dizer mal do PSD/M, algumas vezes com razão, outras nem por isso.
Já tinha visto alguns textos meus publicados nesse diário, na secção das cartas do leitor, onde a selecção de textos me parece baixa, pois está cheia de textos mal escritos e mal amanhados. Mas no caso daquele texto, houve uma selecção mais apurada: não foi publicado. Em vez dele apareceram alguns textos de louvor à data comemorada, ou de insulto ao PSD/M por não a comemorar oficialmente no Parlamento Regional.
Precavido, e orgulhoso do que tinha escrito (desculpar-me-ão a vaidade), tinha enviado uma versão maior desse texto para um jornal quinzenal de Vila do Conde, o Terras do Ave, onde também já foram publicados textos meus, com uma orientação de oposição ao poder naquele município, ali do PS.
Foi publicado, na secção de política (tinha-o mandado com intenção de o ver na secção de opinião).
Será que o Diário de Notícias da Madeira me assaltou a liberdade de expressão? Não. A sua orientação editorial não é compativel com a mensagem que eu queria fazer passar, logo, é lógico que não publiquem o que escrevi. Mas publiquei-o na mesma, para um público diferente é certo, tanto na geografia como na ideologia (e aposto que muitos dos que leram aquele texto no Terras do Ave não gostaram da minha opinião).
Ninguém me impediu de expressar a minha opinião.
Se eu negasse o holocausto na Alemanha, por exemplo, seria preso. Isto sim, é um atentado à liberdade de expressão.
Que a CMP quer comprar a simpatia de algumas entidades com voz pública, não duvido. Mas não obriga ninguém a aceitar os subsídios, ou obriga? Se alguém por aí disser que sem subsídios, algumas dessas entidades não sobrevivem, eu direi "que morram". Não têm condições de existir, não existem.
Está visto que se não houvesse subsídios, não havia meio de comprar simpatias... ;)
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