segunda-feira, julho 31, 2006

A minha teoria da conspiração

Então não é que os israelitas acertam sempre em civis? E até é lógico que haja civis nos locais de onde são lançados os rockets do Partido de Deus, porque se os israelitas fazem pontaria para os civis, decerto que não apontam para o sítio de onde saiu um katyusha, ainda há uma hora atrás. Aliás, não é de acreditar que os israelitas queiram acertar nos terroristas, pois têm ordens expressas do Bush (esse demónio de poderes e inteligência sobrenaturais, a acreditar na quantidade de conspirações de que é acusado) para deixar os terroristas correrem livres, para justificar as suas guerras.
Não acredito, como dizem os filhos de David, que o Hezzbollah dispare um ou dois rockets do meio de um bairro civil e retire a rampa móvel dali, e depois impeça as pessoas de lá saírem, para os usar como escudos humanos, e as suas mortes como armas de arremesso na opinião pública. Até começo a duvidar que estes bem intencionados homens que tentam governar um país, apesar do seu governo democraticamente eleito (o que é a vontade popular em relação À vontade de Deus de que eles são os mensageiros e efectores neste mundo), alguma vez empunharam uma arma, seja uma AK-47, ou um katyusha. Suspeito que os israelitas se bombardeiem a si mesmos, arranjando desculpas para apontar a sua tecnologia bélica de ponta a todos os civis não judeus da zona.
(Confesso que, inspirado pelo medo de ser vítima de um atentado terrorista mais pessoal, estou a pensar converter-me ao Islão. Por isso vou treinando a minha consciência para evitar o crimethink* à luz do islamismo radical)
*Referência à newspeak*, língua que Orwell inventou para o seu "1984". Descreve todo e qualquer pensamento que não esteja na linha do Ingsoc*, mas neste caso referia-me aos líderes religiosos radicais.

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