Com a aproximação do Verão, aumentam as notícias e anúncios de medidas de prevenção e combate aos incêndios. O risco de incêndios é maior este ano, já que pouco choveu quando devia e as matas nacionais estão algo secas. De entre as medidas que visam prevenir os fogos, há uma que me provoca alguma confusão. A “limpeza” dos matos. Não serão os matos parte do ecossistema que a sua limpeza pretende proteger? Ou será que a sua limpeza nada tem a haver com a protecção das matas? Não será tapar o sol com uma peneira conservar a ideia que, no meio de monoculturas de pinheiros e eucaliptos, ambas árvores bastante combustíveis (e até inflamáveis), são os matos os provocadores de incêndios?
Sou estudante de biologia, e aprendi, nesse curso e nas leituras que vou fazendo, que o fogo é benéfico para o ciclo de vida dos eucaliptos, tanto na sua reprodução, como na eliminação de espécies concorrentes. Para isso, quando arde, o eucalipto potencia o fogo com gases inflamáveis, acelerando a progressão de um incêndio. O pinheiro, por sua vez, é uma árvore de madeira seca que arde com facilidade, e as suas resinas são também bastante combustíveis.
Já as nossas matas autóctones, com os seus carvalhos, sobreiros, azinheiras e outras, formam matas cerradas, com matos e arbustos sempre verdes. Por isso ardem mais lentamente.
A limpeza as matas deve ser uma operação de retirada de lixos de origem humana, como garrafas, que podem provocar incêndios. Tirar os matos é contribuir para o empobrecimento de um ecossistema, além de ser um desperdício de recursos. Nunca vi ninguém querer reduzir a possibilidade de ter cancro nos pulmões, por exemplo, retirando um deles. Seria ridículo, e não serviria de nada. A continuar assim, pode ser que um dia estejamos a discutir cortar as manchas florestais como forma de prevenir incêndios.
Talvez seja altura de começar a pensar em evitar as monoculturas, ou até a plantação de árvores infestantes como os pinheiros e os eucaliptos, porque as nossas florestas nativas já sofrem pressão suficiente, não é preciso inventar mais formas de as extinguir do nosso país.
Sou estudante de biologia, e aprendi, nesse curso e nas leituras que vou fazendo, que o fogo é benéfico para o ciclo de vida dos eucaliptos, tanto na sua reprodução, como na eliminação de espécies concorrentes. Para isso, quando arde, o eucalipto potencia o fogo com gases inflamáveis, acelerando a progressão de um incêndio. O pinheiro, por sua vez, é uma árvore de madeira seca que arde com facilidade, e as suas resinas são também bastante combustíveis.
Já as nossas matas autóctones, com os seus carvalhos, sobreiros, azinheiras e outras, formam matas cerradas, com matos e arbustos sempre verdes. Por isso ardem mais lentamente.
A limpeza as matas deve ser uma operação de retirada de lixos de origem humana, como garrafas, que podem provocar incêndios. Tirar os matos é contribuir para o empobrecimento de um ecossistema, além de ser um desperdício de recursos. Nunca vi ninguém querer reduzir a possibilidade de ter cancro nos pulmões, por exemplo, retirando um deles. Seria ridículo, e não serviria de nada. A continuar assim, pode ser que um dia estejamos a discutir cortar as manchas florestais como forma de prevenir incêndios.
Talvez seja altura de começar a pensar em evitar as monoculturas, ou até a plantação de árvores infestantes como os pinheiros e os eucaliptos, porque as nossas florestas nativas já sofrem pressão suficiente, não é preciso inventar mais formas de as extinguir do nosso país.
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