quinta-feira, abril 28, 2005

Igreja e preservativos

Ouço, a toda a hora, criticar Papas e Igreja em geral por não permitir, ou até incentivar(!), o uso de preservativo. Não compreendo as críticas, sinceramente. São críticas de quem não compreende, ou ignora por completo, a doutrina católica. Pessoalmente fui educado nessa fé, e aprendi-a, critiquei-a, e acabei por encontrar um ponto de equilíbrio entre a Igreja dos Homens, e a fé espiritual. Não sou, por isso, um seguidor cego daquela doutrina. Sou um Cristão de fé, crítico da Igreja. Mas, mesmo que defenda que se deve insistir para que as pessoas que queiram vulgarizar uma relação sexual, usem preservativo, não posso deixar de compreender que um Papa não o possa fazer, sob pena de deitar por terra grande parte da doutrina moral da Igreja Católica.
A vulgarização do sexo, que o uso do preservativo incentiva, não pode ser aceite pela Igreja Católica. Para esta a relação sexual deve ser praticada entre o casal que tomou o compromisso de formar família, não só para reprodução (como alguns críticos extremos da igreja teimam em interpretar, mal), mas também como factor de união para o casal, tanto pela partilha da intimidade, como pelo prazer que têm juntos. Nunca ouvi a igreja dizer, salvo alguns padres senis e pouco informados, que não se deve ter prazer no sexo. Antes pelo contrário, diz que tanto um como outro membro do casal têm a obrigação de se satisfazerem mutuamente. Sim, sexualmente também! Posto isto, é perfeitamente lógico que a igreja não concorde com o uso do preservativo.
SIDA? Se tivermos um parceiro sexual fixo e único, as hipóteses de contaminação descem de forma abrupta. Sendo assim, a igreja não fecha os olhos ao problema da SIDA, apenas sugere outro tipo de combate ao contágio.

2 comentários:

Anónimo disse...

acrescento ainda que o problema da sida, hepatite, gravidez indesejada, outras DST's... nao sao responsabilidade da Igreja,como muitos pregam. a sua posiçao e correcta, porque pede responsabilidade nos actos praticados. o sexo e um acto reprodutivo, nao um acto exclusivo de prazer. envolve certas responsabilidades, pelas consequencias que comporta.

o unico conselho que se pode dar aos jovens é que façam sexo apenas com quem estejam dispostos a assumir estas responsabilidades, e se nao se sentem prontos a assumir, ou seja, se nao se sentem adultos o suficiente, NAO FAÇAM SEXO! é a sua vida que estão a viver, nao uma existencia paralela, pelo que aquilo que semeiam hoje sera o que amanha vao colher.

pensem nisto: sera melhor ser vista como a pudica ou como a puta?
sera melhor ser o corno ou o cabrao?

a vida e vossa, meus amigos. joguem os dados de forma consciente!

ate mais ver,

Edgar Bedum

Anónimo disse...

...e digo mais os preservativos estão muito caros, por isso há que começar a pensar em comparticipa-los

Por uma sociedade mais justa.

Abraço
juca lagartixa