Sempre fui um defensor dos animais. Nunca em detrimento do bem estar humano, mas sempre contra a incompreensão por parte da nossa espécie em relação à natureza das outras espécies. Como não falam as nossas línguas, não pensam, são objectos sem sentimentos, que só servem para comer, para estar no zoológico, e para servir de brinquedos. Acerca disto, encontrei um texto que escrevi no dia 24 de Junho de 2003, acerca de uma reportagem televisiva que me fez rir e chorar ao mesmo tempo... Leia-se:
"Ouvi, no fim de semana, uma notícia que me deixou triste por várias razões. Triste, porque no passado sábado, dia 21, um jovem forcado de 20 anos foi ferido na lide, pelo touro. Penso que ninguém fica contente com este tipo de notícia, mesmo que seja contra as touradas.
Outra forte razão para a minha tristeza é o facto de se ter realizado mais um desses espetáculos sádicamente mórbidos, em que um animal, um mamífero como nós, é sujeito a vários tipos de tortura. Isto traz-me ao meu terceiro motivo de tristeza: um dos responsáveis daquela tourada concluiu que a culpa foi... do touro! Pelos vistos, não é normal que um animal encurralado, ferido, espicaçado, e em justificado desespero, ataque aqueles que ele identifica como seus agressores!
Aquele senhor diz que não é normal um touro marrar com tanta insistência num “inocente”, que este touro tinha má índole. Caro senhor (uso esta expressão por mera educação, e já fortemente arrependido): será que afinal os touros bravos não são bravos, constituindo este uma excepção à regra?; ou será que os torturadores que lidaram antes com o animal não o quebraram o suficiente para que a pega fosse mais segura?
Parece-me que, a atribuir-se culpas, podia começar-se pelo ganadeiro, por exemplo, que mandou um touro bravo... bravo. Ou talvez os cavaleiros e bandarilheiros que lidaram o animal anteriormente não fossem eficientes. Mas, acima de tudo, talvez se deva culpar quem ainda organiza esses macabros eventos, dignos do circo Romano, há já dois milénios atrás. Se não houvesse tourada, a probabilidade de alguém ser colhido por um touro seria muito inferior.
A culpa é do touro... Essa é boa!"
Outra forte razão para a minha tristeza é o facto de se ter realizado mais um desses espetáculos sádicamente mórbidos, em que um animal, um mamífero como nós, é sujeito a vários tipos de tortura. Isto traz-me ao meu terceiro motivo de tristeza: um dos responsáveis daquela tourada concluiu que a culpa foi... do touro! Pelos vistos, não é normal que um animal encurralado, ferido, espicaçado, e em justificado desespero, ataque aqueles que ele identifica como seus agressores!
Aquele senhor diz que não é normal um touro marrar com tanta insistência num “inocente”, que este touro tinha má índole. Caro senhor (uso esta expressão por mera educação, e já fortemente arrependido): será que afinal os touros bravos não são bravos, constituindo este uma excepção à regra?; ou será que os torturadores que lidaram antes com o animal não o quebraram o suficiente para que a pega fosse mais segura?
Parece-me que, a atribuir-se culpas, podia começar-se pelo ganadeiro, por exemplo, que mandou um touro bravo... bravo. Ou talvez os cavaleiros e bandarilheiros que lidaram o animal anteriormente não fossem eficientes. Mas, acima de tudo, talvez se deva culpar quem ainda organiza esses macabros eventos, dignos do circo Romano, há já dois milénios atrás. Se não houvesse tourada, a probabilidade de alguém ser colhido por um touro seria muito inferior.
A culpa é do touro... Essa é boa!"
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