O terrível ogre que um dia caiu da cadeira ganhou um concurso de popularidade. O actual governo quer seguir-lhe o exemplo, ao que parece, abrindo as portas à censura.
Boas intenções? Também Salazar as tinha. O monstro de Santa Comba Dão distribuiu os lápis azuis para proteger a Igreja dos ataques daqueles que dizem que a religião é o ópio do povo. Depois deu no que deu.
Senhor Ministro Augusto Santos Silva, diga lá: quem é que decide o que é jornalismo de sarjeta? E o é que acontece quando o governo mudar e e a sua lei se mantiver? É que se você tem boas intenções, os outros podem não ter.
De notar que usei as palavras ogre e monstro quando me referi a Salazar. Fui politicamente correcto... não fui?
Strix aluco é uma coruja. É uma ave nocturna (como eu) que se esconde nas ramagens das árvores à espera que passe um rato, por exemplo, para levantar num vôo silêncioso de encontro àquela presa. É isso que eu espero fazer com este blog: ficar silencioso e atento, até ver algum rato que mereça ser apertado nas garras do meu teclado; se não, ficarei contente em compôr simples textos que muito me agradam escrever, voando pelo simples prazer de o fazer, nem sempre silencioso.
terça-feira, março 27, 2007
domingo, março 25, 2007
sábado, março 24, 2007
Continuando... (Paneleirices)
O caso do urso Knut é mais um bom exemplo da lavagem cerebral que se faz em volta do aquecimento global. Primeiro, os tipos dos direitos dos animais queriam deixá-lo morrer à fome, ou eutanasiá-o (não vejo outra alternativa a não alimentar uma cria rejeitada pela mãe). Mas eis que o Knut se salva das radicais sugestões dos arautos dos direitos dos animais, vendendo-se-lhe a imagem como um símbolo do potêncial fim do Mundo que aí vem. O Knut está salvo.
quarta-feira, março 21, 2007
23
Fui ver o filme The Number 23. Depois de tanta paranóia em volta do número, resolvi fazer contas à vida. Tenho dois 23 na minha data de nascimento. Somando o mês e o dia, e somando os algarismos do ano.
Vou ficar maluco.
Vou ficar maluco.
terça-feira, março 20, 2007
Ideia maluca, assim, sem pensar muito
Primeiro, o problema:
"A preia-mar destruiu uma parte do paredão que protege o Clube de Campismo de Lisboa, na Costa de Caparica, causando inundações. A administração do parque de campismo exige agora que o INAG assuma responsabilidades pelos estragos."
Agora, a ideia maluca:
Drene-se o Oceano Atlântico! Não dá?... Ora... Pode-se sempre tirar o Parque de Campismo dali. É só uma ideia.
"A preia-mar destruiu uma parte do paredão que protege o Clube de Campismo de Lisboa, na Costa de Caparica, causando inundações. A administração do parque de campismo exige agora que o INAG assuma responsabilidades pelos estragos."
Agora, a ideia maluca:
Drene-se o Oceano Atlântico! Não dá?... Ora... Pode-se sempre tirar o Parque de Campismo dali. É só uma ideia.
segunda-feira, março 19, 2007
Ser verde é mais importante
Ao ler o The Guardian na versão electrónica tropecei neste pequeno anúncio. É de um site governamental que debita conselhos sobre formas de poupança de combustível. Por incrível que pareça, a ênfase não é feita sobre a economia por si, mas sobre a diminuição das emissões de dióxido de carbono.
O facto de se poupar uns trocos na gasosa, é um extra...
O facto de se poupar uns trocos na gasosa, é um extra...
O Panteão Nacional
Nada tenho contra Aquilino Ribeiro. Nem terei muito que apontar à decisão de transladar os seus restos mortais para o Panteão Nacional. Só me senti tentado a apontar que, para este escritor, a homenagem póstuma foi decidida após um considerável intervalo de tempo (morreu em 1963). Foi uma decisão ponderada, com natural distanciamento emocional, penso eu.
A decisão de incluir Amália Rodrigues nos homenageados com o Panteão foi feita a quente e e cheia de emoção.
Qual será a melhor maneira?...
A decisão de incluir Amália Rodrigues nos homenageados com o Panteão foi feita a quente e e cheia de emoção.
Qual será a melhor maneira?...
sábado, março 17, 2007
A solidariedade... dos outros
A acusação que mais vezes cai sobre mim quando discuto o Estado social, é a de que tenho que tentar ser mais solidário com os outros. Defende quem me acusa que seria mais solidário da minha parte permitir que o Estado me prive de rendimentos e os use para fazer a caridade que os senhores que por lá andarem a fazer de Governo considerem mais conveniente. É-me constantemente apontado que se o Estado se abstiver de se meter em certas áreas sociais, ninguém o fará por sua vez.
Posso estar errado, mas quem diz isto parece admitir, portanto, que de humanista tem pouco, já que não acredita que o seu semelhante seja capaz de solidariedade, mesmo que lhe seja concedida liberdade económica (com uma redução drástica dos impostos, por exemplo). Cada um julga os outros à sua própria imagem...
Eu aprendi, desde pequeno, que a solidariedade só tem valor quando é voluntária. A solidariedade dos outros não me diz respeito a não ser na escolha das minhas relações sociais. O dinheiro alheio não é meu para que seja eu, ou outro qualquer em nome de um Estado que se quer amoral (que é diferente de imoral, vejo-me obrigado a apontar), a destinar a sua utilidade social ou não.
quinta-feira, março 15, 2007
E assim anda o conceito de voto
Hoje, na University of Glamorgan, vota-se para escolher os próximos titulares dos diferentes orgãos da Students Union. Aqui não se vota em listas. Vota-se no candidato a um posto específico. As campanhas são, tanto quanto me apercebi, independentes.
Como eu não faço a mínima ideia de quem são os candidatos (para além das fuças e das alcunhas que encheram as paredes, as mesas e o chão do Campus nesta última semana), nem sei qual a serventia os títulos a que eles concorrem, decidi nem votar.
Mas esta malta está desesperada por votos. Fui parado por três vezes, a caminho do meu quarto, por delegados de campanha que me perguntavam se já tinha votado, ou se tencionava votar, e eu expliquei sempre que não conhecia nenhum dos candidatos. À minha resposta negativa todos, sem excepção, responderam com um pedido pessoal. Pediram-me, os democratas responsáveis, que fosse votar e pusesse a cruzinha no nome pelo qual eles faziam campanha, porque sim.
Como eu não faço a mínima ideia de quem são os candidatos (para além das fuças e das alcunhas que encheram as paredes, as mesas e o chão do Campus nesta última semana), nem sei qual a serventia os títulos a que eles concorrem, decidi nem votar.
Mas esta malta está desesperada por votos. Fui parado por três vezes, a caminho do meu quarto, por delegados de campanha que me perguntavam se já tinha votado, ou se tencionava votar, e eu expliquei sempre que não conhecia nenhum dos candidatos. À minha resposta negativa todos, sem excepção, responderam com um pedido pessoal. Pediram-me, os democratas responsáveis, que fosse votar e pusesse a cruzinha no nome pelo qual eles faziam campanha, porque sim.
terça-feira, março 13, 2007
Estatística, nada mais
E isso quer dizer o quê, exactamente? Que o Português vive melhor ou pior? Ou que há mais ou menos liberdade no país?
A moral da coisa? A moral pertence ao indivíduo e os seus pares julga-lo-ão, socialmente, por ela. Além disso, ninguém tem nada a haver com isso.
Estes dados são estatística, interessante talvez, mas sem utilidade nenhuma.
segunda-feira, março 12, 2007
Antes pelo contrário, José Manuel
Concordo que o clima de moralismo demasiado zeloso não é particularmente útil, mas defender que as preocupações ambientais se devem traduzir em legislação, não em comportamento indivídual, é o mesmo que exigir aos outros o sacrifício que ele próprio não está disposto a fazer.
Os grandes homens lideram pelo exemplo, caro José Manuel. Evite, de todo, legislar decisões alheias. Faça aquilo que prega e publicite-o.
domingo, março 11, 2007
Newspeak em Português: o politicamente correcto
Numa amena discussão sobre discriminação em que um acérrimo bloquista me garantia que a discriminação positiva não só é aceitável, como também é desejável, esquecendo-se que a discriminação positiva se reflecte negativamente naqueles que não abrange, resolvi responder com um artigo da Constituição Portuguesa em que a vontade de não discriminar acabava por o fazer de facto. Descrevi por alto um artigo que li em que se conferia um direito específico a todos os cidadãos, e tinha alíneas subsequentes que conferiam esse direito também às mulheres e às minorias. Enquanto eu tentava argumentar que isso implica que as mulheres e os minoritários não são cidadãos, eis que sou surpreendido por uma rapariga, que participava da discussão, a afirmar que ela não é um cidadão... É uma cidadã. E não estava a brincar!
Já se começa a tentar mudar os significados das palavras em nome do politicamente correcto. Sempre aprendi que a generalização de palavras que no singular têm género se fazia usando o plural no masculino. Mas os defensores da Revolução Contínua querem mudar a linguagem. Orwell tinha razão. Controlando a língua, controla-se o pensamento.
sexta-feira, março 09, 2007
A famigerada licença (cont.)
Se sobrou alguma dúvida na minha mente em relação à natureza invasiva das licenças de TV aqui no Reino Unido, e do seu perverso desrespeito pela liberdade indivídual, eis que surge o excerto que passo a citar:
"The Wireless Telegraphy Act 1967 states that dealers must notify TV Licensing of sales or rentals of television sets, detailing the name and adress of the buyer or hirer, the adress of the premises at which the set is to be installed (if known) and whether or not it is a set designed for colour reception.[...]" (deixei o bold fora disto, já que destacaria o texto inteiro).
Só falta saber que canais pretende ver o cidadão que compra/aluga o aparelho. Nunca se sabe. Pode ver demasiados programas subversivos, passíveis de minar o bem-intencionado percurso em direcção ao paraíso do Socialismo.
E porque não obrigar todos os cidadãos a comprar um aparelho de televisão e controlar as todas emissões, de forma a que a mensagem da revolução contínua seja mais facilmente espalhada. Em prol do bem comum, claro.
A famigerada licença (cont. Official Warning)
Recebi novo subscrito, prontamente enfiado por debaixo da porta do meu quarto pelo segurança do bloco. No envelope lia-se, encaixilhada num rectângulo vermelho e escrita na mesma cor, a frase "gwybodaeth gyfreithiol y tu mewn". Deduzi que fosse Galês e virei o envelope à procura da corresponte tradução. "Legal information enclosed". Percebi a urgência do segurança, que não tem o dever de me entregar a correspondência à porta.
Aberto o envelope vi, sem surpresa nenhuma, que era mais uma simpática carta dos fiscais das licensas de TV. Desta vez, em vez da ameaça, o dito serviço de fiscalização mandou-me uma explicação das leis britânicas de que este organismo está encarregue de fazer cumprir.
Aberto o envelope vi, sem surpresa nenhuma, que era mais uma simpática carta dos fiscais das licensas de TV. Desta vez, em vez da ameaça, o dito serviço de fiscalização mandou-me uma explicação das leis britânicas de que este organismo está encarregue de fazer cumprir.
"Part 4 of the Communications Act 2003 makes it a criminal offence to install or use a television receiver to receive television programme services without a valid TV licence. Television receiver is defined in the regulations as meaning any apparatus installed or used for the purpose of receiving any television programme service, whether or not it is installed or used for any other purpose.[...]" (destaques meus, como se adivinha)
E a seguir vem a lista de tais aparelhos, que inclui televisores, as boxes, gravadores video ou DVD, computadores e telemóveis. No caso dos aparelhos com bateria própria abre-se uma excepção no se os pais/tutores do estudante pagarem eles próprios uma licença, desde que o estudante não instale o aparelho para ver televisão no quarto das residência universitária.
O pior vem a seguir, mas este post já está comprido demais. Fica para o próximo.
quinta-feira, março 08, 2007
Dedicatória
The Call of Ktulu - Metallica
Para o AA, do A Arte da Fuga, em consequência deste e deste posts.
quarta-feira, março 07, 2007
Official Warning
Esta é a expressão, carregada a vermelho em letras grandes e gordas e sublinhada, que abre uma carta do organismo estatal Britânico que se encarrega de emitir as licenças anuais para quem quer ver televisão. E diz o seguinte:
We have previously informed you that it is an offense to use any device to watch or record TV programmes at your adress without a valid TV licence.
However, it's been noted that your adress remains unlicensed, so you should expect a visit from an Enforcement Officer shortly.
Nem sequer é considerada a hipótese de eu não possuir o tal aparelho. Sou quem tem que provar a minha inocência. Sou culpado até prova em contrário.
Estes Brits são loucos...
We have previously informed you that it is an offense to use any device to watch or record TV programmes at your adress without a valid TV licence.
However, it's been noted that your adress remains unlicensed, so you should expect a visit from an Enforcement Officer shortly.
Nem sequer é considerada a hipótese de eu não possuir o tal aparelho. Sou quem tem que provar a minha inocência. Sou culpado até prova em contrário.
Estes Brits são loucos...
segunda-feira, março 05, 2007
Rir um pouquinho
Adenda: Parece que os Suecos donos do site privaram os presentes curiosos do vídeo em questão.
domingo, março 04, 2007
So F****** What?
Em primeiro lugar, afirmar que uma família branca tradicional do Sul profundo Norte-Americano inclui pessoas que possuiram escravos é quase como chover no molhado. Depois, que culpa tem Obama desse facto? Foi ele quem escravizou aqueles indivíduos? Foi ele quem foi dono deles?
Estes Americanos pegam com cada mariquice...
Estes Americanos pegam com cada mariquice...
sexta-feira, março 02, 2007
quinta-feira, março 01, 2007
Originalidades
Os Portugueses não têm andado muito originais. Veja-se esta notícia comparada com a imagem anexa, capturada hoje aqui no País de Gales, como se pode ver pelo uso do Galês.
No entanto, e para provar que Portugal não é uma "Maria vai com as outras", quando do estrangeiro vêm bons conselhos, a teimosia lusa prevalece.
No entanto, e para provar que Portugal não é uma "Maria vai com as outras", quando do estrangeiro vêm bons conselhos, a teimosia lusa prevalece.
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