Numa amena discussão sobre discriminação em que um acérrimo bloquista me garantia que a discriminação positiva não só é aceitável, como também é desejável, esquecendo-se que a discriminação positiva se reflecte negativamente naqueles que não abrange, resolvi responder com um artigo da Constituição Portuguesa em que a vontade de não discriminar acabava por o fazer de facto. Descrevi por alto um artigo que li em que se conferia um direito específico a todos os cidadãos, e tinha alíneas subsequentes que conferiam esse direito também às mulheres e às minorias. Enquanto eu tentava argumentar que isso implica que as mulheres e os minoritários não são cidadãos, eis que sou surpreendido por uma rapariga, que participava da discussão, a afirmar que ela não é um cidadão... É uma cidadã. E não estava a brincar!
Já se começa a tentar mudar os significados das palavras em nome do politicamente correcto. Sempre aprendi que a generalização de palavras que no singular têm género se fazia usando o plural no masculino. Mas os defensores da Revolução Contínua querem mudar a linguagem. Orwell tinha razão. Controlando a língua, controla-se o pensamento.
1 comentário:
Foi Guterres quem trouxe a moda para cá, quando começou com o "Portuguesas e portugueses", colocando sempre o feminino em primeiro.
As tretas que as feministas e os feministas inventam, sobretudo quando são da sub-espécie acéfala!...
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