Ouve-se muitas vezes, principalmente nos meios de comunicação audio-visuais, atribuir uma espécie de auréola de imparcialidade aos jornalistas que os coíbe de tomar partido, pelo simples facto de serem jornalistas. Parece que o ser humano com opinião, gostos e simpatias desaparece debaixo de um manto mágico, Só porque este tem uma carteira profissional de jornalista. Nada mais ridículo. Existem, é certo, jornalistas que conseguem manter as suas simpatias longe do seu relato. São estes os que eu considero bons jornalistas. Mas é só uma opinião.
Um jornalista é bom ou mau conforme os critérios editoriais do seu patrão. A entidade patronal é boa ou má conforme a opinião dos potênciais consumidores. Por mais que eu não goste de um dado serviço noticioso, escrito, falado ou televisionado, basta que haja um número suficiente de consumidores para que este tenha condições de existir, imparcial ou não. Mas eu não sou obrigado a consumi-lo.
Nem o jornalista, pelo simples facto de o ser, tem alguma obrigação de ser imparcial, nem eu tenho que partir do princípio de que o jornalista, pelo simples facto de o ser, é imparcial.
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