quinta-feira, abril 20, 2006

Normalidade

A normalidade de algo não depende só da sua aceitação, nem sequer da sua frequencia. A normalidade de algo depende da sua implantação histórica, da sua utilidade social e natural.
A erupção de um vulcão, não é frequente (a não ser que a interpretemos do ponto de vista geológico), mas é normal. É natural e acontece desde que a camada exterior do nosso planeta começou a arrefecer, antes de haver sequer algo parecido com o que nós consideramos vida.
As violações de crianças são, infelizmente, muito mais frequentes que erupções vulcânicas, mas não são socialmente aceites, e a sua naturalidade é bastante discutível. Podem até considerar-se consequência de uma doença. Pelo menos na espécie Homo sapiens não são normais.
Muitas acções naturais da nossa e de outras espécies não são socialmente aceites, mas não devem deixar de ser vistas como normais, como o aliviar de pressões positivas no nosso sistema digestivo, como consequência de acumulação de gases, como é o arroto (também o é aquilo que algum leitor se há-de lembrar).
Hoje em dia aceitam-se as relações sexuais entre dois homens, mas serão normais? (Não falo das relações homossexuais entre mulheres, porque não me parece que essas passem de masturbação mútua, com ou sem ajuda de algum brinquedo fálico.)
A homossexualidade masculina não é natural nem serve de nada do ponto de vista biológico. Existe, hoje em dia, alguma aceitação social (até existe um cada vez mais forte lobby gay), que mesmo assim não é generalizada, nem existe grande implantação histórica (note-se que falo de homossexualidade, e não de bissexualidade, pelo que os antigos Espartanos, por exemplo, não contam, uma vez que tinham relações homossexuais só quando estavam em treino militar, longe das suas esposas).
Na minha opinião, que vale o que vale, apesar de aceite, a homossexualidade masculina não é natural. Como não o é a prática de pederastia entre casais heterossexuais, ou o uso do preservativo, que não deixam de ser aceites por isso. (Até aconselho o uso do preservativo para quem não se quer arriscar a apanhar doenças ou ter surpresas de outra ordem.)
Repito: Por ser aceite não tem que ser normal.

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