quarta-feira, agosto 17, 2011

Proteger a todo custo... mesmo contra o protegido

Já não me cabe a mim decidir se arrisco um banho de mar quando a bandeira do banheiro — ou nadador-salvador — aquece. Já me retiraram a escolha entre dar com os dentes no volante ou partir a clavícula contra o cinto de segurança. Agora querem proteger-me da minha própria imbecilidade de me proteger dos raios solares contra uma ravina periclitante, apesar dos avisos, mais do que suficientes para uma decisão informada — não obrigatoriamente inteligente.
E o meu direito à escolha, seja ela boa ou má, que se lixe. Desde que o números transmitam uma imagem de mundo perfeito...

2 comentários:

Anónimo disse...

Se concordar que o Estado não deveria suportar um sistema de saúde gratuito nem sequer "tendencialmente gratuito", deixando a saúde de cada um para o seu bolso, acho o seu post coerente.
Se entende que o Estado deve garantir um SNS para todos e depois acha que esse mesmo Estaado não deve interferir nas escolhas de cada um, aí não posso concordar minimamente. É que se o Estado tem o dever de garantir um sistema de saúde (está bem, OK, tem defeitos, não é exemplar; adiante) também deve ter o direito para zelar pela sua sustentabilidade. Se achamos que temos o divino direito de um sistema de saúde tendencialmente gratuito tmbém devemos aceitar essa "intromissão" do Estado.

Pinto

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Acho que até no SNS devemos ter a escolha de pagar, ou não. Se pago (voluntariamente) uma taxa tenho direito a usar dentro das condições contratadas. Mas devo ter a escolha de não pagar a taxa, isto é, pago o serviço de saúde que entendo, quando entendo, e ao preço que acordar com quem mo vende.

Não aceito nenhuma ingerência do estado na minha vida privada; nem mesmo quando faço más escolhas.