quarta-feira, maio 23, 2007

Europa à força


Aqui está uma notícia que, apesar de boa para a minha carteira, me provoca uma séria preocupação. Cada vez mais esta Europa se deixa escorregar para os pântanosos terrenos da demagogia, esquecendo, ou atropelando, os direitos de quem fornece serviços. Eles (Europa) é que decidem se o lucro é exagerado ou não, ou se o serviço vale aquele preço ou não. O cliente não é tido nem achado.
E o cliente pode vir a ser o maior prejudicado. A falta de competição, que o baixo preço imposto gera, pode fazer cair a qualidade do serviço, ou até a sua extinção. É possível que daqui a uns anos a UE esteja a impôr às companhias de telecomunicação que mantenham o roaming e a criar mais uma agência de controlo de qualidade só para este serviço.

No The Guardian cita-se a senhora responsável por este abuso:

Europe's internal market will finally become truly borderless, even for mobile phone bills.


Europa à força...?

2 comentários:

Aves Raras disse...

Claro, tinha que ser uma senhora! :-)

Suspeitei desde o início que isto teria partido de alguém que um dia recebeu uma conta de telemóvel muito elevada, e se lembrou que era deputada do Parlamento Europeu.

Aves Raras disse...

Estou muito de acordo com o Post. O que devia ser assegurada era transparência na divulgação de informação e de tarifários.
Já existem tarifários para quem liga sobretudo à noite e ao fim-de-semana, tarifários para quem liga só para a própria rede, tarifários para quem envia muitos SMS, etc. Em vez de pressionarem pelo lado da lei, caminhando para um modelo em que os preços são fixados por decreto, mais valia convencer um operador europeu - um qualquer - das vantagens de lançar um tarifário para viajantes. Num instante, todos os outros iriam copiar.
Foi de resto o que aconteceu, quando a Optimus lançou em Portugal o Kanguru. 10 megabytes de tráfego a 30 eur/mês. A Vodafone, nessa altura, cobrava praticamente o mesmo valor por 1% desse tráfego. O desfecho? Todos os operadores lançaram planos de dados muito mais baratos, sem ter havido legisladores a imporem-se...