Mário Soares acabou, finalmente, com o teatro dos anúncios a anúncios de candidaturas. Candidatou-se. Felizmente, digo eu, pois acho que Soares dividiu a esquerda com o atropelo a Manuel Alegre e com o seu regresso à extrema-esquerda.
Uma das coisas em que mais reparei no seu discurso televisionado, foi a evidente dificuldade em ler, debruçando-se em exagero sobre o papel, e até embrulhando as palavras. Confesso que houve alturas em que tive dificuldade em perceber frases inteiras. Cheguei a ter pena dele (no meu caso, isto é dizer muito).
A razão por que escrevi o título no plural tem a haver com uma sugestão que quero pôr em cima da mesa. Quero propôr a minha avó paterna (única avó que tenho viva) para candidata à Presidência da República Portuguesa. Tem 10 anos mais que Mário Soares (tem 91 anos!) e consegue ser mais inteligível no seu discurso. A memória já não é a melhor (provavelmente acabaria um discurso, faria uma pausa de 30 segundos, e repetiria o mesmo discurso), é verdade, mas se Soares pode, a minha avó também pode!
Tamém aposto que a minha avó reuniria apoio nas hostes saudosistas do Estado Novo, já que tanto ela como o seu falecido marido (meu avô, claro) eram salazaristas.
(PS: Antes que concluam coisas que não são bem verdade, saibam que nasci de filho de salazaristas e de filha de anti-salazaristas de centro direita (PPD). Pessoalmente não concordo com ditaduras nem fascismos, sejam estes de esquerda ou de direita, mas não tenho alergia a Salazar.)
1 comentário:
Agradeço.. O que interessa é a intenção.
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