Hoje à noite fui visitar uma amiga. Nada de transcendental. Nada de colorido. Uma amiga que vive a cinco minutos de distância e que muito me atura, esteja eu eufórico, cabisbaixo ou assim-assim.
Para lá fui cheio de frio. Coberto com quatro camadas de roupa no tronco, duas delas bem volumosas e quentinhas, e luvas como nunca usei em Portugal. Depois da conversa entre duas canecas de chá de limão, tive que me vir embora antes que ela me pusesse na rua à força, já que tem aulas de manhã. E quando saí o frio continuava lá. Mas as luvas ficaram nos bolsos do sobretudo que ficou por fechar. Só porque olhei para cima e vi o céu.
A lua cheia a rebentar não era suficiente para apagar a constelação Orion, a minha favorita. Via-se tudo naquele céu, uma raridade por esta bandas de nuvens persistentes.
Já vos disse que a lua está cheia lá fora? E linda, como deve ser sempre. E pensei no meu novo primo nascido esta segunda-feira, ao final da noite. Faz agora vinte e seis horas que abriu a goela para dar o seu primeiro grito de liberdade. Provavelmente quis sair a tempo de ver a última gota de luz encher a lua.
1 comentário:
Como diz o meu homónimo: "Eu faço poesia, a maioria faz versos".
Obrigado pela poesia!
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