Li há pouco, no Público, levado por este post de Rui Carmo no Insurgente, a seguinte frase:
"Maria de Belém Roseira considerou ainda que o "aborto, como matéria de consciência", não se pode regular em códigos morais. "A consciência do outro não será superior à minha e a minha não será superior à do outro.""
Não discordo. Corrijo: concordo plenamente. Mas será que ela será coerente nesta defesa do Estado amoral?
E será que Maria de Belém Roseira defenderá, caso ganhe o sim, a não inclusão do aborto no Serviço Nacional de Saúde? Se não o fizer, estará a concordar que se imponha uma decisão moral a quem se opõe por consciência ao aborto. Ou os médicos do SNS poderão recusar fazer o aborto? Ou o contribuinte que não concorda terá alguma garantia de que o seu dinheiro dos impostos não vai pagar por um acto que considera moralmente errado? É que defender que "A consciência do outro não será superior à minha e a minha não será superior à do outro" é também defender que não se pode obrigar ninguém a pagar por algo que não pretende, nem concorda.
Querem fazer, façam. Não quero, realmente, impôr a minha moral. Mas não me obriguem a subsidiar contra a minha consciência. E posso esperar que Maria de Belém esteja comigo neste particular... ou será que não?
"Maria de Belém Roseira considerou ainda que o "aborto, como matéria de consciência", não se pode regular em códigos morais. "A consciência do outro não será superior à minha e a minha não será superior à do outro.""
Não discordo. Corrijo: concordo plenamente. Mas será que ela será coerente nesta defesa do Estado amoral?
E será que Maria de Belém Roseira defenderá, caso ganhe o sim, a não inclusão do aborto no Serviço Nacional de Saúde? Se não o fizer, estará a concordar que se imponha uma decisão moral a quem se opõe por consciência ao aborto. Ou os médicos do SNS poderão recusar fazer o aborto? Ou o contribuinte que não concorda terá alguma garantia de que o seu dinheiro dos impostos não vai pagar por um acto que considera moralmente errado? É que defender que "A consciência do outro não será superior à minha e a minha não será superior à do outro" é também defender que não se pode obrigar ninguém a pagar por algo que não pretende, nem concorda.
Querem fazer, façam. Não quero, realmente, impôr a minha moral. Mas não me obriguem a subsidiar contra a minha consciência. E posso esperar que Maria de Belém esteja comigo neste particular... ou será que não?
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