Tenho uma pergunta... Talvez se deva a alguma ignorância da minha parte, mas não deixa de ser com uma pergunta que as dúvidas e ignorâncias se apagam.
É justo cobrar-se por algo que o estado nos obriga a fazer? Ou seja: qual é a legitimidade das Ordens para cobrar mensalidades aos seus membros, quando estes não têm hipóteses de exercer a profissão para a qual estudaram (e pagaram propinas e coimas e tudo o resto) a não ser que nelas estejam inscritos?
A minha questão não está no pagamento das quotas da Ordens, mas na obrigatoriedade da inscrição. Admito a utilidade das Ordens, oferecendo aos compradores dos serviços dos seus associados uma garantia de qualidade (que em muitos casos nem é justificada, mas isso é outra conversa), mas se um médico resolver exercer fora da Ordem comete um crime! Não será que devia ser o cliente a decidir se vai ao médico certificado pela Ordem ou não?
Assim assistimos ao ridículo de ver o licenciado em medicina que exerça a actividade para que foi treinado, sem se inscrever na Ordem, a ser classificado de bruxo e acusado de actos médicos ilegais.
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