Ontem fui ver o Idade do Gelo 4. Mas não é a este que me refiro no título, mas à curta (curtíssima) metragem que o antecede na sessão de cinema. The Longest Daycare, com Maggie Simpson no papel principal, começa logo com uma crítica social (para não dizer política). A ironia faz-se com uma contradição tão flagrante como as contradições impostas pelo Newspeak do Ingsoc, tal como descreve Orwell no seu 1984 (a começar pelas denominações dos 4 ministérios que governam Oceania).
Maggie é levada pela mãe até uma creche com o nome de "Ayn Rand". A primeira coisa que se vê, ao entrar no edifício, é um letreiro em que se lia "We probe you for your own safety", mesmo antes da nossa pequena heroína ser sujeita a revista via raio-X. Logo a seguir passa por um aparelho que lhe "lê" o QI, para que ela seja enviada para a sala dos "normais" em vez de ir para o aparentemente divertido e estimulante ambiente dos sobredotados.
Divertido, pelo menos.
Ah! O Idade do Gelo também dá para rir.
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