terça-feira, agosto 28, 2007

Um só... O que acontece?

Imaginemos que um pregador do socialismo consegue converter uma população inteira, excepto um único indivíduo, à sua visão utópica de um mundo perfeito e automatizado em regras e regulações. Que acontece?
Elimina-se o indivíduo, seguindo em frente com o plano?
Abandona-se a causa, já que a utopia não funciona sem consenso?

9 comentários:

stylife disse...

E quem será esse individuo, ah?
Claro que não....ele deverá continuar com as suas ideologias, lutar por elas, mesmo que seja "único":)
Força.
Bjs

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Então abandone-se a causa.

Anónimo disse...

Pluralismo ideologico e socialismo são algo incompativel na essencia inicial destas ideias. Contudo, no actual mundo de compra e venda, estas são apenas expressoes passiveis de uso nas manchetes de jornal.

De acordo com a obra 1984, nao se faz nem um nem outro, pelo menos no mais imediato momento; simplesmente recolhe-se o individuo ao isolamento, ate neste atingir o estado de abertura à influencia externa de forma a voluntariamente absorver as ideias vigentes. Desta forma, sao evitadas revoluções, o individuo depois de novamente solto tem oportunidade de retratar a sua posiçao inicial e o Estado sai reforçado com esta conversao.
Como sadismo final, a pessoa humana divergente é conduzida ao exterminio, saindo da sua boca, de maneira plenamente verdadeira, frases de apoio ao Estado enquanto se procede ao seu morticinio.

É assim na ideal sociedade socialista...

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Não gosto muito de ideologias... Plurais ou não. ;)

Aves Raras disse...

Isso é estranho, Gonçalinho, porque este blog é muito sobre ideologia, ou não???...

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Tem muito de ideologia, tem. Regra geral a maldizer as dos outros...

Aves Raras disse...

Não é essa a minha opinião de leitor habitual e isento. Eu diria: "Regra geral a atacar toda e qualquer ideia que ponha nas mãos do Estado a capacidade para se substituir ao indivíduo na tomada de decisões." ou, de forma menos poética, "Rejeitando qualquer negócio em que haja ganho de segurança à custa de liberdade."

Anónimo disse...

Touché

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Caro Aves Raras:

A isso eu não chamo de ideologia. Eu entendo ideologia como plano para a sociedade, coisa que não me agrada nada. O que eu aqui defendo é um ideal.
Eu próprio admito que já possa ter usado essa terminologia neste blogue. Se assim o fiz foi por distracção ou simples erro de semântica.