terça-feira, agosto 21, 2007

Férias atribuladas

De férias numa ilha que convida a relaxar, gozar a praia e às noitadas descontraídas, eis que não me consigo acalmar. Cada vez que vejo as notícias sinto como se me agredissem à paulada.
São grupos ecofascistas que agridem propriedade alheia em nome de causas superiores, e ainda acusam de violência o agredido, que nada mais fez que defender a sua propriedade. E esses ecoterroristas de trazer por casa ainda se defendem dizendo que foi um acto de desobediência civil (posso estar errado, mas sempre tive a ideia de que a desobediência civil se se fazia contra o Estado, e não em clara agressão do direito natural à propriedade individual).
Bem sei que esses projectos de fascistas de esquerda não gostam do conceito de propriedade privada, mas ele existe e é natural. Vejamos: se agora alguém decidir incendiar a residência de, digamos, Miguel Portas, aposto que ele não vai ficar a ver e a rir dizendo "Essa casa também é tua, companheiro! É de todos nós!". Tenho a certeza de que esse cavalheiro atiçaria a os chuis de que tanto gosta em cima do incendiário. Em último caso, até era capaz de recorrer à força física para impedir a destruição do imóvel registado em seu nome.

4 comentários:

AA disse...

é uma luta desigual...

stylife disse...

Çalinho:)
Disse que cá vinha e aqui estou. Tu e as tuas ideias...digamos que diferentes:)
Parabéns pelo Blog.
Parabéns a ti...apesar de te achar com uma ideias muito "à frente" és um bom menino.

Anónimo disse...

Pah, não percebo é que Estado é este em que as suas forças efectoras não podem proteger o pobre proprietário de vandalismo realizado aos olhos das câmaras, das forças da GNR e do próprio, sem que este tenha o direito de sequer exigir às "forças de segurança" que retirem das suas terras os invasores. Além do mais, quem se vai responsabilizar pelos danos financeiros que aqueles bardacromos criaram naquele campo de cereal?

Anónimo disse...

Um esclarecimento de quem já se deu ao trabalho de ler a origem da desobediência civil. Para quem não sabe, tal forma de luta foi criada pelo dignissimo Mohandas K. Gandhi, o homem mais pacifico do séc. XX. Se esses inergumenos se dessem ao trabalho de ler sobre essa forma de luta na origem (a autobiografia está à venda...), perceberiam que a estão a realizar da mesma forma que os estúpidos que primeiro a adoptaram, recorrendo à violência contra quem nada tem a ver com o assunto, ou se tem é apoenas secundariamente...

Esta forma de luta foi criada por Gandhi associada a outro termo, a não-cooperação, dizendo este senhor que só o individuo completamente disposto a seguir a Lei como ela está escrita, sem reservas, está habilitado a insurgir-se através da não-cooperação, usando para tal o Ahimsa, ou não-violência.
Como se deve reparar, estas "pessoas" não se preocuparam minimamente em informar-se antes de nomear o seu desrespeito, associando ao seu acto um ser humano puro, que criou uma forma de luta digna e forte em resultados e na validade moral.

A atitude destes vândalos é chocante numa sociedade de direito, mas perfeitamente válida na sociedade de indireitos em que constato vivermos...