terça-feira, agosto 28, 2007

Um só... O que acontece?

Imaginemos que um pregador do socialismo consegue converter uma população inteira, excepto um único indivíduo, à sua visão utópica de um mundo perfeito e automatizado em regras e regulações. Que acontece?
Elimina-se o indivíduo, seguindo em frente com o plano?
Abandona-se a causa, já que a utopia não funciona sem consenso?

Igualdade e causa superior

Todas as ideologias socialistas, sejam elas extremas ou moderadas, advogam igualdades e direitos e apregoam tudo e mais alguma coisa em nome de uma causa superior. Alguns até admitem matar em nome dessa causa maior, em nome da revolução que vai solucionar todos os males do mundo. Mas deturpam os conceitos de igualdade e de direitos, e usam a lenga-lenga da causa superior como reza ou bengala de fé.
Defendem, cobertos de boas intenções, que igualdade é prensar a individualidade, aquilo que nos distingue uns dos outros, dentro da mesma forma, para que ninguém possua nada a mais que o próximo. Mesmo contra a Natureza, que nos fez em moldes individuais. Apaga-se a ambição. Abafam-se os sonhos que não tenham génese na ideologia colectivista. Mata-se a alma. No fundo, prejudicam-se uns em nome da causa superior, para que a utopia de uma Humanidade sem diferenças de riqueza possa emergir sobre as carcaças dos espíritos-livres e empreendedores. A isso, eu não chamo igualdade.
Compreendem, esses bem-intencionados Robin dos Bosques, que direitos são obrigações. Se não de uns, dos outros. O direito à educação, por exemplo, em vez de significar que ninguém pode ser privado de aprender, é tranformado na obrigatoriedade de todos serem institucionalizados. O direito ao aborto, por outro lado, em vez de significar que se aborte de livre e espontânea vontade sem represálias, é tranformado na violência de fazer pagar o aborto quem, afinal, é moralmente contra.
O argumento da causa superior é, a meu ver, a maior prova da falta de argumentação lógica e natural por parte dos partidários das ideologias colectivistas. Sempre uma justificação se impõe, lá aparece a causa superior como um martelo de fé. Porque é de fé que se trata. No fundo, socialismo não passa de uma religião racionalizada, cujos messias agitam as massas contra o indivíduo que se confessa herege.

terça-feira, agosto 21, 2007

Já agora...

"Habeas corpus para o suspeito do costume", no A Arte da Fuga.

Férias atribuladas

De férias numa ilha que convida a relaxar, gozar a praia e às noitadas descontraídas, eis que não me consigo acalmar. Cada vez que vejo as notícias sinto como se me agredissem à paulada.
São grupos ecofascistas que agridem propriedade alheia em nome de causas superiores, e ainda acusam de violência o agredido, que nada mais fez que defender a sua propriedade. E esses ecoterroristas de trazer por casa ainda se defendem dizendo que foi um acto de desobediência civil (posso estar errado, mas sempre tive a ideia de que a desobediência civil se se fazia contra o Estado, e não em clara agressão do direito natural à propriedade individual).
Bem sei que esses projectos de fascistas de esquerda não gostam do conceito de propriedade privada, mas ele existe e é natural. Vejamos: se agora alguém decidir incendiar a residência de, digamos, Miguel Portas, aposto que ele não vai ficar a ver e a rir dizendo "Essa casa também é tua, companheiro! É de todos nós!". Tenho a certeza de que esse cavalheiro atiçaria a os chuis de que tanto gosta em cima do incendiário. Em último caso, até era capaz de recorrer à força física para impedir a destruição do imóvel registado em seu nome.

sábado, agosto 04, 2007

Porto Santo

Um período de visitas menos frequentes, com muita praia e sol (espero). Conto não me ausentar por completo.
Boas férias, para quem as vai gozar por estas alturas!

quinta-feira, agosto 02, 2007

Bloco de areia

Um partido de extrema esquerda Português, daqueles pequeninos, que diz buscar inspiração na figura de Trotsky, propôs um candidato à Câmara Municipal de Lisboa. O objectivo de tal candidatura, deduz-se, é alcançar uma situação de poder, como é a de vereador, por exemplo.
Acontece que essa candidatura foi bem sucedida, pelo menos para o primeiro na lista eleitoral daquele pequeno partido. E esse vereador eleito negociou um pelouro lisboeta, e uma ou outra medida que mais lhe interesava, em troca de benevolência em relação às políticas do Presidente da Câmara.
Agora vêm outros membros do pequeno partido que apoiou a eleição daquele senhor acusá-lo de se colar ao poder. A situação de poder era o objectivo da eleição. A situação de influência que o candidato negociou, beneficiando da fraca maioria do partido mais votado, parece incomodar o pequeno partido.
Sinto-me cada dia mais confuso...

Não deixa de ser esquisito

"Um estudo diz que não houve qualquer diplomado no curso de José Sócrates em 1996 pela Universidade Independente (UnI), estudo que contraria os documentos apresentados como fazendo prova da licenciatura do actual primeiro-ministro."


"A Procuradoria-Geral da República arquivou, esta quarta-feira, o inquérito à licenciatura em Engenharia do primeiro-ministro José Sócrates, considerando que da análise aos elementos de prova recolhidos resultou «não se ter verificado» a prática de crime de falsificação de documento."


Além de que a falsidade ou não dos documentos comprovativos da licenciatura não apaga o estatuto de engenheiro que Sócrates usou quando trabalhou na CM da Covilhã, antes de se licenciar. Eu não teria orgulho nenhum em apresentar-me como tendo mais qualificações que aquelas que realmente tenho. Mas essa é uma questão de carácter.


E como é que Sócrates obteve o tal documento não-falsificado? Quem foram os seus avaliadores e até que ponto houve respeito pela ética? Também me parece esquisito... Mas deve ser da minha cabeça.