Cada vez que o bem-intencionado e paternal estado decide que o indivíduo precisa de condução para uma vida melhor, quem paga é o conduzido. O cidadão (que nem escolheu sê-lo. É-o, porque sim.) é obrigado fazer isto, paga, ou a comprar aquilo, paga. O estado decreta que eu não tenho capacidade para decidir comprar uma cadeirinha para proteger o meu filho no carro, mas parte do princípio de que eu tenho capacidade para a comprar. O estado decide que o meu carro tem que ser vistoriado com frequência, protegendo o negócio de quem faz a dita e anulando a minha possibilidade de usufruir do fruto do meu trabalho como bem me apetecer. O estado decide que eu tenho que comprar um seguro automóvel e que me lixe a pagá-la ao preço que bem aprouver aos agentes que os vendem.
Agora vem o estado melhorar a sua condição de cobrador desses senhores, obrigando o rebanho a colocar um chip na placa de matrícula da sua viatura para que possa controlar quem pagou, ou não, aos privados que vendem os serviços que o estado decidiu serem essênciais. E quem é que vai pagar o chip....? Aqui, também, não há surpresas.
2 comentários:
Para sorrir:
Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com a sua habitual ironia, a ida dos três candidatos à presidência norte-americana à AIPAC (American Israeli Political Activity Committee), a principal representação dos interesses judaicos em Washington. Em suma, John McCain, Hillay Clinton e Barack Obama foram prestar tributo ao lóbi israelita:
Jon Stewart: O virtual candidato republicano John McCain, o virtual nomeado democrata Barack Obama e a PresidenteVirtual Hillay Clinton, foram à conferência da Comissão Israelo-Americana (AIPAC). A AIPAC é o principal grupo de pressão pró-Israel e para um candidato a Presidente é importante fazer uma visitinha e ligar-lhe de vez em quando. Obviamente estes três candidatos são vistos de forma muito diferente pela comunidade judaica. Mccain é visto como um guerreiro no qual se pode confiar. A Senadora Clinton é vista como uma figura política histórica. E Obama, não têm bem a certeza. O gajo é preto? Ou é árabe? Ou é o quê? Não sabem, não fazem ideia.
Barack Obama: Há muito que compreendo o desejo que Israel tem de paz e a necessidade que tem de segurança. Mas isso tornou-se óbvio durante as viagens de que o Lee falou há dois anos quando fui a Israel.
Jon Stewart: Ah, uma visita em pessoa? Um ponto para ele na coluna gimmel. Senadora Clinton?
Hillay Clinton: Desde a minha primeira visita a Israel em 1982, até à mais recente, vi em primeira-mão o que Israel conseguiu.
Jon Stewart (a imitar Hillary): ele (Barack) só lá esteve uma vez! Eu vou lá tanta vez que até tenho cartão de passageira frequente. O McCain vai ver-se à rasca para fazer melhor.
John McCain: Estive recentemente em Jerusalém com o senador Lieberman…
Jon Stewart: Ganhou senador. Mas, sabe, quando se vai a Israel não é preciso levar o nosso próprio judeu. Há lá uma grande variedade por onde escolher. Mas foi um bom toque. Tem um grande amigo que é judeu. Senadora Clinton?
Hillay Clinton: Estar aqui hoje faz-me recordar uma passagem de Isaías…
Jon Stewart: Ena! Ela conhece um judeu da Bíblia.. Conhece-o no sentido bíblico. Senador Obama, tem de matar o jogo…
Barack Obama: Conheci um conselheiro num campo de férias … que era um judeu americano mas tinha vivido em Israel durante uns tempos.
Jon Stewart: O melhor que arranjas é um judeu num campo de férias há 30 anos? Pior do que isso só dizer – “eh, pessoal, uma vez aluguei o filme Yentl”. Bom, mas uma coisa é verdade, grande parte da amizade por um país como Israel é fazer uma crítica construtiva às suas políticas que poderão não ser positivas para o mundo. Portanto vamos ouvir as críticas dos candidatos às actuais políticas de Israel.
Barack Obama: (silêncio).
Hillay Clinton: (silêncio).
John McCain: (silêncio).
Jon Stewart: Ora, esqueci-me. Não se pode dizer nada de crítico sobre Israel quando se quer chegar a Presidente. O que é engraçado, porque, sabem onde é que se pode criticar Israel? Em Israel.
Vídeo legendado em português (5:24 m):
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Faltou uma palavrinha à possibilidade, levantada por diversos analistas (entre os quais o responsável pela Protecção de Dados Pessoais), do controlo possível de fazer pelo Estado com a colocação de chips nas matrículas... onde e quando estão os cidadãos em cada momento, ou pelo menos os carros que são sua propriedade. Já agora, acerca de pagamentos... porque temos nós sequer de pagar os impostos automóvel mais caros do Velho Continente se as estradas em Portugal são do pior que se vê na Europa???
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