Pois... Era preciso parecer que se faz alguma coisa, mesmo quando não há nada a fazer. Uma lei que de nada serve não tem razão de existir.
Strix aluco é uma coruja. É uma ave nocturna (como eu) que se esconde nas ramagens das árvores à espera que passe um rato, por exemplo, para levantar num vôo silêncioso de encontro àquela presa. É isso que eu espero fazer com este blog: ficar silencioso e atento, até ver algum rato que mereça ser apertado nas garras do meu teclado; se não, ficarei contente em compôr simples textos que muito me agradam escrever, voando pelo simples prazer de o fazer, nem sempre silencioso.
segunda-feira, março 17, 2008
domingo, março 16, 2008
Para quando uma lei contra leis idiotas?
Gosto de cães, confesso-o. E conheço-os bem. Atrevo-me até a dizer que os conheço e compreendo. E atrevo-me, também, a dizer que as raças que os energúmenos da regulação pretendem proibir não são efectivamente mais propensas à agressividade que um Cocker Spaniel ou um Labrador Retriever. Sou obrigado a concordar que a dentada de um Rottweiler é potencialmente mais eficaz ou mais destrutiva que a de um Yorkshire Terrier, mas não concordo que por isso o Rottweiler seja considerado mais agressivo que o Yorkshire Terrier.
Fui mordido apenas uma vez na vida, excluindo as brincadeiras, por um cão. Era um Pequinois. E a culpa foi minha.
Pensemos no seguinte: Quantas dentadas de doces Labradores, fruto de agressividade, não escapam aos registos e estatísticas dos sapientes reguladores, apenas porque a fama destes cães automaticamente os desculpa aos olhos da vítima? Ou quantas vezes uma criança não apanha umas palmadas por cima da dentada para aprender a não incomodar o amoroso animal? A mesma situação, mas com os dentes de um Pit Bull, é automaticamente uma questão de polícia e/ou de folclore televisivo. E a culpa é sempre do animal que morde, nunca do que não o soube socializar e educar decentemente, ou até do animal que acha que pode chegar-se a qualquer cão só porque quer.
À ignorância responde-se ensinando e informando. À estupidez insistente responde-se com o castigo sério do estúpido, não do cão.
Adenda:
N'O Insurgente