A Igreja e o Socialismo têm muito em comum, na minha opinião. Ambos se regem por doutrinas e fios de pensamento que não se explicam, nem se questionam. Para a Igreja, são milagres. Para o Socialista, o bem comum justifica o dogma. Ambos se advogam campeões da bondade e das boas intenções e pregam um mundo melhor e justo.
Mas também há diferencas. A Igreja considera que todos somos filhos de Deus, acreditemos ou não, incluindo os defensores mais acérrimos do Socialismo. A Igreja dá liberdade de escolha aos seus seguidores. O pecador tem liberdade de o ser e os actos de altruísmo e de solidariedade não têm valor se não forem voluntários. O objectivo final da Igreja é educar o indivíduo para que este possa viver entre os seus semelhantes da forma mais harmoniosa possível.
O Socialismo, parece-me, considera que o bem só pode vir do Socialismo e que a vida sem aquela doutrina não é vida. Nem considera a existência de outras opiniões sem que estas sejam encaixilhadas numa qualquer corrente de pensamento, fácil e prontamente associada a algo de negativo ou de fácil refutação. O Socialismo não admite ao indivíduo liberdade para errar e impõe regras de conduta pela força. O objectivo final é controlar o indivíduo para que este aceite as condições de vida que o Estado lhe impuser.
Pela Igreja somos todos iguais apesar dos nossos erros e defeitos, e cada um é responsável pelos seus próprios actos. Pelo Socialismo temos que ser todos iguais e aceitar a protecção do Estado, nem que seja preciso chamar a Polícia, e a responsabilidade final acaba sempre no Estado.
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