"There should be a ban on all alcohol advertising, including sports and music sponsorship, doctors say."
Estes bem intencionados doutores levam a sua profissão tão a sério, que prestam os serviços de aconselhamento médico sem que tal lhes fosse contratado, e ainda passam receita para uma população inteira (incluindo quem não lhes pediu a opinião, por mais correcta que esta seja). Parece-me um abuso, mas eu sou um ignorante retrógrado que não acredita, de todo, que o estado é a cura para os males do mundo.
Falta, agora, censurar a publicidade aos produtos alimentares que potenciam a aparição de doenças como a obesidade ou as cardíacas. Fast-food gordurenta ou refrigerantes açucarados são acusados pelos especialistas de participarem no desenvolvimento de doenças daqueles tipos. Já imaginaram quantos engordaram por comer um hamburguer do MacDonalds por cada golo do Nuno Gomes? (Pronto, do Nuno Gomes... concedo que não são muitos hamburgueres.) E quantos não consumiram nocivas quantidades de açúcar, cafeína, e outros ingredientes por causa dos sempre memoráveis anúncios da Coca-Cola?
(continuarei a queixinha)
3 comentários:
Investigações recentes mostram que o cérebro das crianças fica atrofiado pela falta de interacções sociais e contacto com estímulos naturais, devido ao uso excessivo de vídeo jogos e televisão. Talvez estes também devessem ser indicados como nocivos. Ou isso, ou então retiramos os filhos aos pais e deixamo-los ser criados pelo Estado da maneira mais "correcta".
E a publicidade à Gripe A?
Jornal Nacional da TVI (7 de Setembro de 2009) - o embuste da Gripe A e os biliões ganhos pelas farmacêuticas com o medicamento Tamiflu
Jornalista da TVI: Um dos homens que mais tem lidado com a Gripe A em Portugal é o Director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral. Fernando Maltês afirma que a Gripe A vai matar menos gente do que uma simples gripe sazonal (gripe comum), que é mais inofensiva e trata-se, na maioria dos casos, com antipiréticos. O Director Geral de Saúde Espanhol é da mesma opinião.
Director Geral de Saúde Espanhol: Se morrem muitas pessoas em Espanha por contaminação atmosférica, ninguém presta atenção. Ou se morrem tantas pessoas por fumar, ninguém lhes presta atenção. Mas se, pelo contrário, morrem duas pessoas com gripe, presta-se muita atenção. É lógico, eu entendo, mas pouco a pouco a sociedade tem que amadurecer e dedicar o tempo que cada problema requer em função da sua gravidade.
Dr. Fernando Maltês: O Tamiflu, desde o princípio desta pandemia, tem sido encarado pela população como uma espécie de fármaco milagroso, o que não é verdade. E no que diz respeito à eficácia, concretamente no vírus da gripe, é uma eficácia que está, digamos, mal documentada. Se houver um conjunto de factores que digam – vale a pena administrar o fármaco – o médico administra, caso contrário, balançando os efeitos benéficos com os potenciais riscos, é preferível não administrar.
Jornalista da TVI: Já lá vão quatro meses desde que foi confirmado o primeiro caso de Gripe A em Portugal e, até agora, não há qualquer morto a registar. Em média, por ano, morrem em Portugal mais de mil e quinhentas pessoas de gripe, sem aberturas de telejornais e sem a Ministra da Saúde todos os dias nas televisões.
A verdade é que o mundo está preocupado com a Gripe A e já há empresas a ganhar milhões à custa do H1N1 (vírus da Gripe A) . A farmacêutica Roche, por exemplo, cujas vendas do seu Tamiflu caíram quase 70% quando o mundo percebeu que já não havia perigo de uma Gripe Aviária, vê agora as vendas desse mesmo medicamento dispararem em mais de 200%.
Ajuda importante também para a Glaxo Smith Kline, o laboratório britânico a quem Portugal já encomendou seis milhões de doses da vacina contra a Gripe A, a 8 euros cada uma (48 milhões de euros) , teve um ano difícil do ponto de vista financeiro. Eis senão quando, surge o tal vírus, H1N1, que deverá render, só ao laboratório britânico, cerca de dois mil milhões de euros, tendo em conta que as encomendas estão quase a atingir as trezentas milhões de doses.
VÍDEO da notícia na TVI
O que é ainda mais ridículo é que a mesma agência noticiosa que anuncia essa notícia continua a garantir-lhe a mesma importância que há um mês atrás.
Não seria interessante assistir a Telejornal que cobrisse assuntos deveras relevantes e nos informasse do que se passa, em vez de ouvir e vermos todos os dias as mesmas coisas: gripe a, gaffes dos políticos e a Manuela Moura Guedes?
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